terça-feira, maio 21, 2013

21, 20, 19, 18, 17, 16, 15, 14...


A sardinha, perdão, a lula, aliás, a sereia, continua cansada. 
Esticar as barbatanas e parar de abanar o rabo está a tornar-se um luxo raro.
Abrir e fechar muitas vezes a boquinha faz-me sentir, amiúde, fora do aquário. Também já me deve ter entrado água para os ouvidos. Ando com problemas de audição, hum. 
E cá continuamos na pesca. Das duas uma, ou saiamos todos com as redes cheias ou o barco vai ao fundo. E neste caso, saber – ou não – nadar, não salva cabeças.
Já temos um countdown para o final da maratona, e sempre que o abro fico com as escamas eriçadas, hipnotizada a olhar para os segundos a passar.
E curioso, nos entretantos já passaram mais uma batelada deles... %-\ Adeus.

segunda-feira, maio 20, 2013

flat

Ainda agora começou a maratona e já estou knockout.
De tanto correr, gemer, trabalhar, preocupar, planear, organizar, suspirar, tropeçar.
Ainda agora começou, e tanto por fazer.
Palpita-me que esta casa vai ficar em auto-gestão durante os tempos mais próximos.
Ainda agora começou. Ai! Que trabalheira.

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sexta-feira, maio 10, 2013

sent-----><-----received


Andamos, em família, a fazer pleno usufruto dos meus dois iphones.

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quinta-feira, maio 09, 2013

sem fogo

Barómetro dos meus recentes tempos-livres (not):
Tenho 2 episódios do Game of Thrones em atraso para ver. Não 1, mas 2. Dois. DOIS. D-o-i-i-i-i-i-i-i-i-i-i-s!
Combalida e fraquejante, suspiro pelo milagre de 2 míseras horinhas livres que não me atrapalhem a agenda nem roubem o sono.
Estou em privação de carne chamuscada, mãos decepadas e pescoços cortados.
É caso para dizer: "Where are my dragons?" (só para entendidos).

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quarta-feira, maio 08, 2013

ai-ai

 
Sem qualquer questão, um estado de espírito que me corre nas veias: I feel puzzled all the time.
Depois de uns quantos anos a suspirar pelo gadget da década, como já aqui foi relatado, muito recentemente fui presenteada de surpresa com o dito telemóvel.
Feliz da vida, lá me habituei a manusear o bicho e rapidamente tornou-se uma companhia indispensável e extremamente útil.
Há poucos dias, sem pré-aviso, alguém aparece à minha frente e atira-me outro exemplar para as mãos. "Toma, agora é teu."
Eeeeerrr, sim, é uma ferramenta de trabalho – não um brinquedo pessoal, mas, caramba! –, enquanto olhava para os dois iphones, um em cada mão , apenas consegui emitir um "aaaahh-hhaaan?", de irónico WTF? (what-the-fone)...
Não me estou a queixar, não, não, não! Embora actualmente ande sempre com os bolsos pesados e num ping-pong de ringtones, suponho que, enquanto tiver duas mãozinhas e dois ouvidos, cá me vá arranjando no malabarismo.
E com um quentinho nas orelhas enfabulo, se tudo aquilo pelo qual passei anos a sonhar, um dia vier a concretizar-se em dose dupla, serei uma rapariga cheia de sorte. 
Resumindo, very witty comment ouvido no momento: "Não há i-fome que não dê em fartura" :) 

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terça-feira, maio 07, 2013

metamorfose

Multitasking durante a madrugada, nunca provou ser uma opção prudente.
Eu que o diga enquanto, envergando uma das minhas 7 vidas, me dedicava a um dos meus 70 "empregos".
Por um qualquer glitch dos neurónios ou falha na destreza de clicks, enviei a imagem acima reproduzida num longo email que pretendia explicar e ilustrar o encanto e aconchego de uma bela casinha, nesta cidade que tanto amamos.
Hum... não imagino qual foi a interpretação feita pela pobre francesa que recebeu a minha mensagem, attachs incluidos.
O meu mail seguinte, num françiú apressado e macarrónico, a desfazer-me em desculpas e a tentar explicar a gaffe, também foi digno de nota, bien sur, hãan? Daí não estranhar a ausência de um reply, até à data...
Mas isto foi um sinal! Um sinal, caros senhores, que não poderei ignorar.
Vai demorar mais um mês, mas a triste verdade é que já me encontro em activo processo de mutação... de fada –––> para sardinha.  
Kafka certamente compreenderia-me, e se ele sentiu pêlos hirsutos a rasgarem a carne, asas a nascerem das costas e olhos tornados esferas perismáticas, também eu já vou sentido uns laivos de bracinhos transformados em moles barbatanas, pele revestida por escamas viscosas e olhos arremelgados e esbugalhados.
Nunca uma visão futurológica se revelou tão credível.
Creio que não devem estar a perceber patavina.
Um dia explico. Ou nem por isso. Pela boca morre o peixe %-\  

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domingo, maio 05, 2013

mob attack

Momento do dia:
Ao atravessar a Praça da Figueira debaixo de um sol impiedoso, e a arrastar pela calçada uma cadela de língua de fora, de repente reparo num grupo de gente a gritar e a esbracejar freneticamente do outro lado da rua.
Curiosamente, por instantes, tive a sensação que chamavam por nós. Momentos depois pensei que estava a sofrer de uma miragem quando, completamente encandeada pela luz, vi – de olhos semi-cerrados – o recorte difuso de uma multidão a correr na nossa direcção.
São zombies! foi a primeira coisa que me ocorreu. 
Sem perceber como, em poucos segundos ficámos cercadas por uma mob efusiva, com muitos papéis e mapas nas mãos, todos a debitarem uma língua impossível de decifrar. 
Finalmente um rapazito chegou-se à frente e, num inglês extremamente deficiente, conseguiu explicar o que grupo tinha como prioridade máxima: tirar fotografias com "um cão"...
Anuí, e os momentos seguintes resumiram-se a uma cadela desorientada, com o sol, com o calor, com a confusão de um bando de miúdas histéricas que lutavam pela sua atenção e – com sorte – a hipótese de um instante em pose stylish, para o click. Fui testemunha do processo, e tenho a dizer que não foi pacífico. Pobre Milú...
Com grande dificuldade lá percebi que esta malta andava a percorrer a cidade numa espécie de rally-paper, e que a boa da Milú lhes garantiu o passaporte para um dos quest requeridos.
Quando por fim seguimos caminho, fiquei a ponderar – não muito tranquila – sobre as estratégias a que os operadores chegam, para manterem entretidas as hordas de turistas que invadem esta cidade. 
E se os mandassem pastar cangurus? Não seria uma excelente ideia?

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sábado, maio 04, 2013

incontestável

Mon dieu! Afinal acredito em verdades absolutas %-\

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quinta-feira, maio 02, 2013

a esvoaçar

*trá*lá*lá*
Há dias bons, dias muito bons e finais de dia ainda melhores.
Acabei de receber por email a confirmação da melhor notícia que poderia desejar. Já sabia das boas novas, mas ver por escrito, preto no branco, sublinhado e a bold à frente dos olhos, quase me fez explodir o coração.
Melhores dias virão, melhores dias virão, melhores dias virão... tem sido o meu mantra nos últimos meses, perdão, anos. Não desistir, ou inocentemente continuar a acreditar, que ao ritmo de um dia de cada vez, um dia de cada vez, um dia de cada vez, conseguiria continuar a defender e manter uma das coisas mais importantes da minha vida (outra realidade não seria sequer concebível), incluindo a minha própria vida no sentido lato, ajudou-me em muito a manter a sanidade mental e um optimismo algo alienado, que teima em não me abandonar (aleluia!).
Os créditos são repartidos por um pequeno punhado de pessoas especiais, que em muito me ajudaram (e continuam a ajudar) no processo.
A guerra está longe de estar vencida, mas a maior batalha – sem dúvida – está definitivamente ganha.
Estou tão feliz :)
Levezinha, hoje dormirei tranquila nestas minhas paredes afirmando, com alguma arrogância inata, a posse do meu ninho, do meu castelo, enquanto inegável e provada rainha por declarado direito, destas muralhas cor-de-rosa. Definitivamente os melhores dias começaram a chegar.
E agora, com vossa licença, vou comemorar com champagne, ou similar...
*trá*lá*lá*

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quarta-feira, maio 01, 2013

tiro no pé

Ciclicamente, eu – uma criatura que tenta praticar alguma humildade e não apregoar ou acatar verdades absolutas –, sou assolada por sentimentos de dedução imediata.
Obviamente são tão falíveis como os horóscopos da Maya ou as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia.
Mas, de loop em loop, lá fui novamente atacada pelo fenómeno. E de um ímpeto, agi. Sem pestanejar, agarrei e corri atrás da intuição, do insight, momentaneamente tão clara se revelou a imagem na minha mente.
Fui com ansiedade, não sem muita insegurança, mas com coragem, determinação e uma esperança naïf. Sou muito emotiva, é o que é, quando atingida por um qualquer raio que me fulmina os neurónios. E a clarividência.
Aquilo que imaginei ser uma realidade potencialmente tangível revelou-se uma desconcertante desilusão. A verdade crua e dura ficou longe da felicidade que projectei.
Razão simples e incontornável: ainda é cedo no calendário e, na tasca da Dona Xica, ainda não servem caracóis :'(
Após o embate, a ilusão ruiu e percorri o caminho de regresso a casa, cabisbaixa em desengano e embaraço. A segurar, na mão direita, a trela da Milú que me puxou a reboque e, na mão esquerda, um imenso tupperware – vazio... 
Despojos da derrota.
Pois sim, quem não arrisca, não petisca. Mas quem arrisca, afinal, também não petisca. E nesta situação, muito, muito, muito, literalmente.
Triste como uma Ofélia, cá me vou contentando. Ao menos há tremoços o ano inteiro.

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quinta-feira, abril 25, 2013

broken pieces

Ontem, um dos dias mais frenéticos dos últimos tempos, passei mais de 24 horas a trabalhar, colada em frente ao computador e embrenhada numa roda viva de telefonemas.
No decorrer de uma dessas conversações, um enorme estrondo abanou as paredes da casa. De olhar arregalado voltei-me e, no meio de uma nuvem de pó, deparei-me com o vão de uma das janelas da minha sala pespegado no chão. Convenhamos que não foi uma completa surpresa pois já se encontrava num estado deplorável, vai para lá de muitos meses. Gastar dinheiro, fazer obras, cabeça ou tempo disponível para tratar destas banalidades do quotidiano têm sido prioridades mantidas à distância, como daqui até ao Arzebaijão.
Perante as exclamações alarmadas do meu interlocutor do outro lado do telefone, tentei sucintamente explicar o que acabara de acontecer. Comentário que tudo resume: a tua vida não existe.
A sério?
Olhando para o monte de caliça, tijolo, cimento e barrotes ainda ali prostrado, auto questiono-me: e hoje fada, como vai ser o teu dia?

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domingo, abril 21, 2013

chegar a mão ao pêlo

Num passeio de rotina com a peluda, seguindo pelo passeio, um carro passa por nós e de repente oiço travões a fundo. A janela abre-se e a cabeça de uma rapariga em polvorosa surge, debitando em alvoroço: "Olhe para o meu banco traseiro" Olhe para o meu banco traseiro!".
Olhei. E vi um tufinho tímido em forma de Wire Fox Terrier. Percebi a excitação dela. Acontece exactamente o mesmo sempre que me cruzo com alguém da "família". Algo dentro do nosso coração provoca uma espécie de histeria. Afinal não há assim tantos WFT pela cidade, e partilhamos este sentimento inato de confraria. Por vezes sinto como se pertencesse a uma seita exclusiva, e que certos códigos e sentimentos só pudessem ser compreendidos em absoluto por outros membros da irmandade.
Instantes depois já estava a dona fora do carro, a esfregar o lombo à Milú, e a trocar entusiasticamente histórias caninas.
Apesar dos meus alertas, insistiu em apresentar o seu espécimen (uma dócil cadelinha, de seu nome Lisa) à minha bola de mau-feitio. Novo insucesso, devo dizer. Enquanto a outra abanava inocentemente o traseiro, num convite "Olá! Olá! Eu sou a Lisa, queres ser minha amiga?", Dona Milú cheirou, cheirou, e passados 30 segundos estava pronta a afinfar a dentuça no pescoço da sua semelhante. Passo sempre por estas vergonhas, nada a fazer.
Depois da dona e cadela terem seguido o seu caminho (algo frustradas, imagino), poucos metros adiante cruzámo-nos com uma senhora francesa.
Os momentos de alvoroço e exclamações inerentes à seita secreta repetiram-se... A madame tinha deixado no seu país natal o Umbert, outro quadrúpede da mesma raça.
Take 2 da mesma conversa e excitação, rematada pelo comentário da turista: "Ohhhhh.... que emoção, e tem o mesmo cheiro!".
Com esta fiquei abalada. Até compreendo, se o cão é francês, não deve tomar muitos banhos... mas é prudente não atirar pedras quando se tem telhados de vidro, comento para mim própria, olhando (e cheirando) este pompom pespegado aos meus pés, desgrenhado e fedorento.
Mas pelo menos está feliz. Recebeu atenção e mimos a duplicar. Aliás, a triplicar. Simpesmente porque não me importo de sujar e meter as mãos na massa. Perdão, no pêlo.

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quinta-feira, abril 18, 2013

vão-se os anéis, ficam os dedos


Estado em que se fica après un petit tête-a-tête com as finanças:
Em cuecas e soutien.
%-( 

quinta-feira, abril 11, 2013

love of my life

E já vamos em 5... CINCO anos de harmoniosa co-existência.
A Milú hoje está de parabéns! Sendo filha pródiga, mas adoptada, infelizmente nunca saberei o real dia em que aterrou com as patas neste mundo. Para mim será sempre o dia 11 de Abril (corria o ano de 2008),  a marcar a data em que aterrou de patas na minha vida.
E como o tempo passa... Recordo perfeitamente a primeira noite passada em conjunto. Montei-lhe uma camita improvisada (não tinha uma única peça de enxoval) na cozinha. Até eu pregar olho percebi que a miúda estava irrequieta e a estranhar o novo ambiente. Na manhã seguinte encontrei o colchão vazio e divaguei pela casa à procura dela. Encontrei-a comodamente instalada no sofá (claro...) enroscada em mil e um lençóis lavadinhos, que na véspera eu tinha retirado do estendal.
Lancei umas quantas maldições mentais, mas nem sequer me atrevi a incomodar a princesa, tais os rosnares emitidos (se fosse hoje... oh, se fosse hoje...).
Mas novamente, tudo está bem quando acaba em bem. E estamos bem. Feitas uma para a outra :)
Bilú-bilú, Milú-Milú.

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sábado, abril 06, 2013

cut loose

Por vezes são pequenos – pequenissimos – instantes que fazem a diferença e que incitam ao poder de despoletar o gatilho. O gatilho, o grito surdo, o estoiro do balão, o estilhaço, o cansaço. 
E aconteceu. A gana de atirar com a loiça toda contra a parede. Com a vontade de não me cortar novamente na cacaria, mas atirá-la de vez para o lixo. Sem a tentação de a esconder debaixo do tapete, na esperança infundada de um dia descobrir o segredo de uma super cola com a capacidade de reconstruir o puzzle.
É assim que me sinto, sem alarmes, porque cá continuo – e continuarei – fluffy and pink, as usually.
"Estúpida, tão estúpida" passou a ser uma quote (chegará a clássico!) com grande poder catártico [;)], o que é uma excelente conclusão, convenhamos.
Fora com os "cordelinhos" presos ao pé da mesa. Mais do que reais, são mentais, por isso venham as tesouras. Ou os dentes, se necessário.
Sei que nunca terei a coragem de chegar a tais extremos mas amarrada por amarrada, antes assim, com arte :)
To Tixi with

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segunda-feira, abril 01, 2013

full time job

[roubado no facebook ao RAS]

E assim segue a vidinha,... Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, 
Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro, Fevereiro, Março...
Once a fool, always a fool.

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domingo, março 31, 2013

honey bunny

Uma santa Páscoa, muitas amêndoas e, se possível, orelhas secas.

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segunda-feira, março 25, 2013

Bzzzzzzzzzzzz!

O que é o mais normal acontecer quando uma fada chega a casa, atira os sapatos para um canto e enfia os pézinhos nas pantufas? Hum?
Agora respondem todos em coro: Ser picada por uma abelha!
Correcto. Assim também eu, a resposta era fácil. Óbvia, diria, depois de uma vizinha ter descoberto que durante as obras no castelo, a entrada de uma colmeia há muito existente nos calabouços foi tapada, provocando a mudança de residência das suas moradoras para o buraco da saída do ar condicionado do meu vizinho. Mesmo por baixo do meu quarto...
Já o tinha avisado há uns tempos, depois de me ter cruzado com algumas criaturas às riscas pretas e amarelas a esvoçarem pela casa. Mas pelos vistos o problema não foi resolvido e fui incauta.
Até me vieram as lagriminhas aos olhos (caramba, como isto dói!) e amanhã já prevejo que não caiba nos sapatos, ou passe o dia ao pé coxinho. Mas fui vingada, enquanto desesperadamente googlava mézinhas milagrosas para curarem um dedo a crescer a olhos vistos, Dona Milú de La Mancha aspirou o bicho, ferrão incluido. Só espero que não tenha uma digestão muito incómoda...

Para aliviar a dor vou re-re-re-re-re-re-rever Pushing Daisies. 
Em particular o episódio apropriadamente intitulado "Bzzzzzzzzz!".

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sábado, março 23, 2013

Chocolatiers to Her Majesty The Fairy

Uma amiga de muitos, muitos, e muitos anos fugiu, há já outros tantos, para outro país.
Profissionalmente viaja regularmente pelo mundo inteiro mas em momentos especiais aterra no país natal, para mimar a família e os amigos.
Deve ser a única miúda que fica l-i-n-d-a a usar durante o inverno e de forma muito sexy e blasé, uns shorts. São às pintinhas, com ruffles, e de uma doce leveza e ingenuidade. Seguramente é isso que lhes confere um charme e carisma especial. Impossível de resistir.
Mesmo à distância, esta menina têm-me mimado com uma doçura especial. Em momentos muito importantes, bons e maus, com pequenos-nadas, mas que significam um mundo.
Está de volta à cidade, desta vez apenas por parcas horas, mas mesmo assim insistiu em dar-
me um abraço forte, nem que fosse por uns instantes. Fui ter com ela – atrasada, atrasadissíma, cheia de olheiras e stress –, e mesmo assim conseguimos ter um breakfast/brunch/lunch/afternoon tea, com os minutos e as recentes estórias da vida partilhados em catadupa.
Gostei muito (sublinhado) de estar com ela. Queria que soubesse quanto a admiro. Sem maternalismos, remontando aos anos em que a vi "crescer", de menina frágil à mulher fantástica em que se transformou. É linda, absolutamente, e novamente :)
E depois, uma singela fada fica ainda fica mais rendida com simples e singelos gestos que enchem o coração. Recebi uma caixinha linda de trufas de chocolate da Prestat, cujo lema só podia ser committed to trading fairly ;) Uma prendinha de pré-Páscoa.
São só três doces trufas. Uma para mim, outra para a Milú (eeeer... que não podendo ingerir tóxicos chocolates, afinal faz com que fiquem duas para mim), e a outra é, de quem a apanhar.
Obrigada querida Filipa, por este doce pedacinho de sabádo.

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sexta-feira, março 22, 2013

cheese rubber

Sou uma exagerada. Como sempre.
Tão inflamada estava com a aparição não anunciada da Primavera, que quase esqueci que no passado fim-de-semana até lhe dediquei uma pré-celebração. Convidada pelos compadres, lá fui com o padrinho até à serra, para assistirmos a mais uma actuação artística da menina dos nossos olhos: a pimpolha afilhada.
Destra, concentrada e como peixe na água na autonomia dos seus 10 anos, tocou numa Orquestra de Guitarras, num concerto comemorativo da Chegada da Primavera – cá está.
Já perdi a conta às performances da menina (especialmente de Dança) que já pisou por várias vezes alguns dos palcos mais ilustres desta capital e arredores. Desta vez bisou no Olga Cadaval, mas brilha de igual forma no Coliseu ou no auditório do CCB. Temos (mais uma) artista na família.
E a seguir ao espectáculo... esperava-nos o lanche. A comadre esmerou-se – como é hábito – e a malta empanturrou-se de pão saloio, compota caseira com nozes e passas, marmelada com amêndoas, queijadas de Sintra, rosquias artesanais, etc, etc, etc, tudo acompanhado de um leve e quentinho cházinho para a coisa deslizar melhor. No final, quase KO, e depois de ter ido namorar as frésias do jardim (as minhas flores favoritas) e ter ficado babada com o Artur (o novo cachorro da família e sério pretendente à pata da Milú), atirei-me para o sofá com um olho no dvd escolhido pela princesa: O Feiticeiro de Oz (só podia).
Mas curta foi a pausa pois a comadre já estava de volta à cozinha para preparar o jantar. Correcção: para a-c-a-b-a-r de preparar o jantar. Pouco mais de 2 horas após o térmito do opíparo lanche, já tinha um fumegante tabuleiro de arroz de pato prontinho a servir. 
Não há como evitar, lá em casa é sempre assim, e assim, e assim...
Consegui repetir duas vezes %-\ antes da sobremesa aterrar na mesa: um cheesecake de frutos vermelhos.
E parece-me que por aqui vou terminar o relato de tão aprazível domingo... ou corro o risco dos compadres me erradicarem da família. Basicamente tudo o que lhes sai das mãos facilmente roça a perfeição mas... este cheesecake sofreu um precalço que muito os perturbou. Após uma noite no frigorífico não se arrepiou como devia e continuou líquido como leite. O compadre não teve para meias medidas e vai de lhe atirar um pacote inteiro de gelatina em pó lá para dentro. O rapaz cheesecake reagiu energeticamente, transformando-se num sólido disco de... hum... digamos, borracha.
Entre muitas convictas mastigadelas, as piadas e os maus tratos que a sobremesa sofreu geraram apoplexias de riso o que quase provocou saídas de silicone pelo nariz... 
Mas estava muito bom, a sério! Então a base de bolachinha, a compota e as framboesas, oooohhh... nham, estavam daqui! Detrás da orelha!
Comadre, compadre, algures, ainda aí estão?  ;)

© fotos by pimpolha afilhada, que expeditamente mas enviou através do seu private gmail

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quinta-feira, março 21, 2013

*piú*piú*piú*

Em tempos idos eramos rigorosas nesta casa (e às vezes também distraídas). 
De hora, minutos e segundos marcados, aguardavamos os convidados, com emoção e ansiedade.
Hoje em dia... com a modernice das "estações antecipadas", nem sequer a boa da época mais piú-piú do ano consegue seguir o calendário. E ainda por cima chega antecipada o que, em termos de protocolo, demonstra uma grande falta de chá. Pessoalmente, preferia até que chegasse atrasada, mas pela etiqueta isso demonstraria ainda maior desfaçatez, enfim.
Concluindo, cá chegou ela, 24 horas antes do previsto, e a 20 de Março já pudemos proclamar oficialmente a chegada da Primavera. Ontem às 11h04 da manhã, para ser mais exacta.
Infelizmente com as pressas ficámos a perder, ela – que não foi convenientemente celebrada – e eu –, que nem um vestido garrido usei, nem umas flores no cabelo pus.
Isto anda tudo muito murcho. Valha-nos que ainda temos 92,79 dias pela frente. Piú.

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sábado, março 16, 2013

the great american (and portuguese) cake

 
No outro dia cometi a suprema bravura de entrar na Fnac. Aquilo que durante anos foi um hábito quase diário, passou a ser uma raridade e deixei de frequentar aquele antro de perdição, porque quando não há meios ($$$) evitam-se as tentações. E eu não gosto de sofrer mais do que é estritamente necessário.
Mas desta vez não resisti e, um pouco a medo, fui desfilando por entre os escaparates de muitos e muitos livros que me piscavam o olho, estendiam os bracinhos abertos, escancaravam as páginas, em pedidos e súplicas desavergonhadas. Leva-me! Leva-me! Leva-me!
Fui forte. Mesmo com olhos de Bambi e coração despedaçado, recusei todos estes pedidos de namoro. Até... chegar à mesa dos livros de cozinha. Pronto. Abarbatei o livro num segundo e corri para a caixa sem olhar para trás, e sem dar hipótese ao meu grilo falante para começar a sua retórica.
Considero este acto imponderado como um sinal positivo. Convenço-me que significa que algo em mim está pronto a regressar a pequenos nadas de que tanto gosto e que por tantas razões descurei. Passei de: quero fazer bolos, para: vou fazer bolos! :)
Não conhecia a Julie mas os seus creamcakes seduziram-me. Estou desejosa de experimentar as receitas – quase todas tradicionais e –, já agora, a versão dela do Red Velvet.
E delícia das delícias, a menina tem um blog e um site, onde – espante-se! – tem à venda muitos produtos da maravilhosa marca Wilton. Acabaram-se malas carregadas destes goodies vindos de New York (ou trazia eu, ou enviava-me a minha prima, ou lá vinha a pobre da minha tia ajoujada de farinhas e fermentos mágicos).
A Julie é norte-americana mas vive em Portugal desde 1998 e nas notas biográficas consta que:

"Formou-se em Artes Plásticas trabalhando primeiro como Ilustradora Profissional 
e mais tarde como Designer Gráfica.
Tem 33 sobrinhos, quatro cães e dois gatos"

Sinto que somos almas gémeas, ou quase. 
Afinal, para a perfeita sintonia só me faltam 33 sobrinhos, três cães e dois gatos.
 
"O calor do fogo e o do coração são, sem dúvida, 
dois maravilhosos ninhos para fazer crescer coisas boas."
Querida Julie, subscrevo de cruz.

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quarta-feira, março 13, 2013

uma geral

É disto que eu preciso. Limpezas profundas e rearranjo da big picture.
(na casa e em mim própria...)

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domingo, março 10, 2013

economia de escala

Para encerrar um fim-de-semana exclusivamente dedicado às lides domésticas, nada como efectuar mais uma ida ao supermercado. Além de a deslocação ser imperiosa para encontrar os amigos vizinhos (nunca falha) e pôr a conversa em dia, também necessitava de repôr alguns productos de limpeza (esgotei o stock), e acima de tudo, improvisar um jantar ready-made porque as limpezas ainda não chegaram ao fogão...
No balcão da charcutaria fui surpreendida com "a promoção do dia": Quer um frango assado? Pague 1 e leve 2!
Refleti durante uns segundos e aceitei a oferta. Crise é crise.
Portanto, estás a ouvir-me Milú Maria? Hoje temos para jantar um franguinho quentinho e acabadinho de assar, amanhã frango frio – que também é muito bom –, terça-feira salada de frango, no dia seguinte umas sandochas de frango com alface, a seguir um arrozito com frango rapado dos ossos e, lá para sexta-feira, umas empadinhas ou croquetes.
Na poupança é que está o ganho. E sorte tenho eu, que gosto de frango.

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quinta-feira, março 07, 2013

ai-fónico

 *****suspiro*****
Olhem, nem sei que diga. Até dói. Como é que é possível?!
Vai uma fada inocuamente jantar com queridos amigos e, quando chega a casa da anfitriã, segundos depois de pousar o casaco e ainda antes de ter tido oportunidade de beijocar toda a gente ou pegar num copo de vinho para bebericar uns golinhos relaxantes, é-lhe pespegado nas mãos um tijolinho embrulhado em forma de prenda, tal qual como se ainda fosse Natal.
Oi? Então? O Natal é daqui a mais de 9 meses e só algures em Setembro é que canto os parabéns!
Nada a fazer, com esta gente não se brinca.
Com um ponto de interrogação estampado na cara, lá abri o pacotinho (pequenino, compacto e pesado...) e de repente aterraram-me os queixos no chão.
Não vale a pena descrever a barafunda que se viveu nos momentos seguintes.
Sobrevivi com guinchos e gemidos aos vários chiliques que sofri. E já não recordo quantas vezes insultei e barafustei com a amiga (amiga? essa mera palavrinha não chega!) que me fez a oferta. A sério, nem estou em mim.
Resumindo, tenho um novo e cintilante bichinho na família, pelo qual há muito suspirava e desejava, e que muito vai ser mimado e estimado.
Para já, tenho que aprender convenientemente a funcionar com ele, e a manejá-lo com perícia (cheira-me que vou ter que cortar drasticamente as unhacas...) mas o amor à primeira vista foi imediato, obviously.
Faltam agora algumas vestimentas a condizer, para o agasalhar e proteger. Vou dedicar os próximos dias a providenciar isso. Sugestões? :)))
Querida e maravilhosa amiga Mafagaguinha, em TUDO, superas todos os limites do impensável. Enough is enough! Por favor, agora deixa – mesmo que só por um bocadinho – seja a minha vez!

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quarta-feira, março 06, 2013

até que a voz me doa

Estrepitoso!
Creio que tal não acontecia desde os meus 14 ou 15 anos.
Ontem passei a noite inteira ao telefone com uma amiga do coração. Atarrachada ao fio da parede, ouvi e palrei entusiasticamente durante horas e horas e horas. Sentada no chão, esticada na cama, encostada à parede, a fazer festinhas à Milú, com um quadrado de chocolate na boca, até enquanto limpava o pó a um móvel :)
E tomem por literal a referência a "horas e horas e horas". Para ser rigorosa, a conversa durou entre as 21h43m e as 02h02m. Um total exacto de 4 horas e 19 minutos...
Bom, vou ser honesta, talvez tenham sido apenas 4 horas e uns 17 minutos, dado que ambas fomos obrigadas a uma breve pausa para, hum, eeeerrr, pois... fazer xixi <:>
Enfim, uma maçada, estas condicionantes que chegam sempre em muito má altura, que fazem perder a linha do raciocínio e desperdiçar tempo precioso.
E ficou tanto por dizer. Tchhhh.

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