terça-feira, maio 21, 2013

21, 20, 19, 18, 17, 16, 15, 14...


A sardinha, perdão, a lula, aliás, a sereia, continua cansada. 
Esticar as barbatanas e parar de abanar o rabo está a tornar-se um luxo raro.
Abrir e fechar muitas vezes a boquinha faz-me sentir, amiúde, fora do aquário. Também já me deve ter entrado água para os ouvidos. Ando com problemas de audição, hum. 
E cá continuamos na pesca. Das duas uma, ou saiamos todos com as redes cheias ou o barco vai ao fundo. E neste caso, saber – ou não – nadar, não salva cabeças.
Já temos um countdown para o final da maratona, e sempre que o abro fico com as escamas eriçadas, hipnotizada a olhar para os segundos a passar.
E curioso, nos entretantos já passaram mais uma batelada deles... %-\ Adeus.

segunda-feira, maio 20, 2013

flat

Ainda agora começou a maratona e já estou knockout.
De tanto correr, gemer, trabalhar, preocupar, planear, organizar, suspirar, tropeçar.
Ainda agora começou, e tanto por fazer.
Palpita-me que esta casa vai ficar em auto-gestão durante os tempos mais próximos.
Ainda agora começou. Ai! Que trabalheira.

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sexta-feira, maio 10, 2013

sent-----><-----received


Andamos, em família, a fazer pleno usufruto dos meus dois iphones.

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quinta-feira, maio 09, 2013

sem fogo

Barómetro dos meus recentes tempos-livres (not):
Tenho 2 episódios do Game of Thrones em atraso para ver. Não 1, mas 2. Dois. DOIS. D-o-i-i-i-i-i-i-i-i-i-i-s!
Combalida e fraquejante, suspiro pelo milagre de 2 míseras horinhas livres que não me atrapalhem a agenda nem roubem o sono.
Estou em privação de carne chamuscada, mãos decepadas e pescoços cortados.
É caso para dizer: "Where are my dragons?" (só para entendidos).

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quarta-feira, maio 08, 2013

ai-ai

 
Sem qualquer questão, um estado de espírito que me corre nas veias: I feel puzzled all the time.
Depois de uns quantos anos a suspirar pelo gadget da década, como já aqui foi relatado, muito recentemente fui presenteada de surpresa com o dito telemóvel.
Feliz da vida, lá me habituei a manusear o bicho e rapidamente tornou-se uma companhia indispensável e extremamente útil.
Há poucos dias, sem pré-aviso, alguém aparece à minha frente e atira-me outro exemplar para as mãos. "Toma, agora é teu."
Eeeeerrr, sim, é uma ferramenta de trabalho – não um brinquedo pessoal, mas, caramba! –, enquanto olhava para os dois iphones, um em cada mão , apenas consegui emitir um "aaaahh-hhaaan?", de irónico WTF? (what-the-fone)...
Não me estou a queixar, não, não, não! Embora actualmente ande sempre com os bolsos pesados e num ping-pong de ringtones, suponho que, enquanto tiver duas mãozinhas e dois ouvidos, cá me vá arranjando no malabarismo.
E com um quentinho nas orelhas enfabulo, se tudo aquilo pelo qual passei anos a sonhar, um dia vier a concretizar-se em dose dupla, serei uma rapariga cheia de sorte. 
Resumindo, very witty comment ouvido no momento: "Não há i-fome que não dê em fartura" :) 

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terça-feira, maio 07, 2013

metamorfose

Multitasking durante a madrugada, nunca provou ser uma opção prudente.
Eu que o diga enquanto, envergando uma das minhas 7 vidas, me dedicava a um dos meus 70 "empregos".
Por um qualquer glitch dos neurónios ou falha na destreza de clicks, enviei a imagem acima reproduzida num longo email que pretendia explicar e ilustrar o encanto e aconchego de uma bela casinha, nesta cidade que tanto amamos.
Hum... não imagino qual foi a interpretação feita pela pobre francesa que recebeu a minha mensagem, attachs incluidos.
O meu mail seguinte, num françiú apressado e macarrónico, a desfazer-me em desculpas e a tentar explicar a gaffe, também foi digno de nota, bien sur, hãan? Daí não estranhar a ausência de um reply, até à data...
Mas isto foi um sinal! Um sinal, caros senhores, que não poderei ignorar.
Vai demorar mais um mês, mas a triste verdade é que já me encontro em activo processo de mutação... de fada –––> para sardinha.  
Kafka certamente compreenderia-me, e se ele sentiu pêlos hirsutos a rasgarem a carne, asas a nascerem das costas e olhos tornados esferas perismáticas, também eu já vou sentido uns laivos de bracinhos transformados em moles barbatanas, pele revestida por escamas viscosas e olhos arremelgados e esbugalhados.
Nunca uma visão futurológica se revelou tão credível.
Creio que não devem estar a perceber patavina.
Um dia explico. Ou nem por isso. Pela boca morre o peixe %-\  

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domingo, maio 05, 2013

mob attack

Momento do dia:
Ao atravessar a Praça da Figueira debaixo de um sol impiedoso, e a arrastar pela calçada uma cadela de língua de fora, de repente reparo num grupo de gente a gritar e a esbracejar freneticamente do outro lado da rua.
Curiosamente, por instantes, tive a sensação que chamavam por nós. Momentos depois pensei que estava a sofrer de uma miragem quando, completamente encandeada pela luz, vi – de olhos semi-cerrados – o recorte difuso de uma multidão a correr na nossa direcção.
São zombies! foi a primeira coisa que me ocorreu. 
Sem perceber como, em poucos segundos ficámos cercadas por uma mob efusiva, com muitos papéis e mapas nas mãos, todos a debitarem uma língua impossível de decifrar. 
Finalmente um rapazito chegou-se à frente e, num inglês extremamente deficiente, conseguiu explicar o que grupo tinha como prioridade máxima: tirar fotografias com "um cão"...
Anuí, e os momentos seguintes resumiram-se a uma cadela desorientada, com o sol, com o calor, com a confusão de um bando de miúdas histéricas que lutavam pela sua atenção e – com sorte – a hipótese de um instante em pose stylish, para o click. Fui testemunha do processo, e tenho a dizer que não foi pacífico. Pobre Milú...
Com grande dificuldade lá percebi que esta malta andava a percorrer a cidade numa espécie de rally-paper, e que a boa da Milú lhes garantiu o passaporte para um dos quest requeridos.
Quando por fim seguimos caminho, fiquei a ponderar – não muito tranquila – sobre as estratégias a que os operadores chegam, para manterem entretidas as hordas de turistas que invadem esta cidade. 
E se os mandassem pastar cangurus? Não seria uma excelente ideia?

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sábado, maio 04, 2013

incontestável

Mon dieu! Afinal acredito em verdades absolutas %-\

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quinta-feira, maio 02, 2013

a esvoaçar

*trá*lá*lá*
Há dias bons, dias muito bons e finais de dia ainda melhores.
Acabei de receber por email a confirmação da melhor notícia que poderia desejar. Já sabia das boas novas, mas ver por escrito, preto no branco, sublinhado e a bold à frente dos olhos, quase me fez explodir o coração.
Melhores dias virão, melhores dias virão, melhores dias virão... tem sido o meu mantra nos últimos meses, perdão, anos. Não desistir, ou inocentemente continuar a acreditar, que ao ritmo de um dia de cada vez, um dia de cada vez, um dia de cada vez, conseguiria continuar a defender e manter uma das coisas mais importantes da minha vida (outra realidade não seria sequer concebível), incluindo a minha própria vida no sentido lato, ajudou-me em muito a manter a sanidade mental e um optimismo algo alienado, que teima em não me abandonar (aleluia!).
Os créditos são repartidos por um pequeno punhado de pessoas especiais, que em muito me ajudaram (e continuam a ajudar) no processo.
A guerra está longe de estar vencida, mas a maior batalha – sem dúvida – está definitivamente ganha.
Estou tão feliz :)
Levezinha, hoje dormirei tranquila nestas minhas paredes afirmando, com alguma arrogância inata, a posse do meu ninho, do meu castelo, enquanto inegável e provada rainha por declarado direito, destas muralhas cor-de-rosa. Definitivamente os melhores dias começaram a chegar.
E agora, com vossa licença, vou comemorar com champagne, ou similar...
*trá*lá*lá*

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quarta-feira, maio 01, 2013

tiro no pé

Ciclicamente, eu – uma criatura que tenta praticar alguma humildade e não apregoar ou acatar verdades absolutas –, sou assolada por sentimentos de dedução imediata.
Obviamente são tão falíveis como os horóscopos da Maya ou as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia.
Mas, de loop em loop, lá fui novamente atacada pelo fenómeno. E de um ímpeto, agi. Sem pestanejar, agarrei e corri atrás da intuição, do insight, momentaneamente tão clara se revelou a imagem na minha mente.
Fui com ansiedade, não sem muita insegurança, mas com coragem, determinação e uma esperança naïf. Sou muito emotiva, é o que é, quando atingida por um qualquer raio que me fulmina os neurónios. E a clarividência.
Aquilo que imaginei ser uma realidade potencialmente tangível revelou-se uma desconcertante desilusão. A verdade crua e dura ficou longe da felicidade que projectei.
Razão simples e incontornável: ainda é cedo no calendário e, na tasca da Dona Xica, ainda não servem caracóis :'(
Após o embate, a ilusão ruiu e percorri o caminho de regresso a casa, cabisbaixa em desengano e embaraço. A segurar, na mão direita, a trela da Milú que me puxou a reboque e, na mão esquerda, um imenso tupperware – vazio... 
Despojos da derrota.
Pois sim, quem não arrisca, não petisca. Mas quem arrisca, afinal, também não petisca. E nesta situação, muito, muito, muito, literalmente.
Triste como uma Ofélia, cá me vou contentando. Ao menos há tremoços o ano inteiro.

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