quinta-feira, outubro 24, 2013

um susto por dia, envelhece e dá azia

Isto não anda fácil. Apesar do silêncio, as aventuras dos últimos dias dariam para forrar este blog com uma densa telenovela trágico-cómica. O absurdo instalou-se de vez cá em casa *suspiro*
E hoje, mais um petit rien a acrescentar ao enredo empolgante e à certeza de que o número de neurónios no meu doce cerebrozinho em muito se aproxima ao de uma galinha.
No momento de sair para passear a Milú debati-me (mais do que habitual) com a histeria dela no instante de ver a trela e tentar transpôr a porta de casa. Roeu-me os caniços, os joelhos, os cotovelos, guinchou como uma porca, pulou como uma pulga, puxou como uma mula. Também como habitualmente, no momento em que chegámos à rua já estavamos ambas a arfar.
Regressadas do passeio, deparei-me com a porta do prédio encostada (estes vizinhos com rabo grande, caramba) e, vejam lá a coincidência, no momento de entrar em casa também encontrei a porta encostada... Giro.
Não perdendo o sangue frio (cof-cof), mandei a fera à frente para inspeccionar o território. Não houve reacções, ufa! (com algumas ressalvas dado que a bicha é facilmente subornável com um biscoito). Ainda assim, esgueirei-me para a cozinha e armada em movie star valentona, peguei no maior facalhão disponível. Com ele em riste, avancei pelo corredor:
••• inserir música do Psico, sff •••
Debaixo da cama – all clear
Por detrás da cortina do duche (aumentar o volume) – all clear
Dentro do roupeiro – all clear
Por cima do lustre – all clear
A única invasão detectada foi a de formigas, pelo que a normalidade (ah!ah!ah!) aparentemente foi restabelecida.
Depois de – mais uma vez – me ter dado ao ridículo em praça pública, normal por normal, agora vou continuar a lavar tectos ou, pelo sim, pelo não, arranjar uma arma para a liga. 
E tomar umas pastilhinhas, creio.  

Etiquetas:

sábado, outubro 12, 2013

bitchcraft

Para condizer com o espírito da noite, o divertimento vai recomeçar.
Sweet, sweet, so sweet ♥


E caso alguém sofra de fobias, obsessões, paranóias, esquizofrenias, neuroses, 
psicoses ou outros transtornos inoportunos, a Dominique trata-vos da saúde 
em 11 horas, 57 minutos e 59 singelos segundos.
Recomendo. Vejam os resultados por mim. 

Etiquetas:

quinta-feira, outubro 10, 2013

dêem-me festas, é disso que eu gosto

Após longas horas de desvario: pézinhos sujos e doridos, maquilhagem esborratada, cabelos, plumas e lantejoulas em desalinho, cabeça turva e um sorriso idiota, são sinais inequívocos de que a festa do ano foi um sucesso! 
Já estavamos com saudades :)
Temperaturas de outono estival adoçaram a noite e a madrugada, enquanto a manhã nasceu rápida, implacável e com um sol demolidor. Os anos passam, mas chegada a hora do pequeno-almoço a história repetiu-se.
Ou não fosse eu a única à mesa, com uma meia-de-leite na mão e penachos no toutiço.
Ora, as boas tradições são para perpetuar.

Etiquetas: ,

terça-feira, outubro 01, 2013

my own private anjos

 © joaquim pena, 2012
Mais um dia, mais uma voltinha, e lá fui como habitualmente, apanhar o Metropolitano de Lisboa.
Perdi o último combóio e fiquei na estação vazia, pacientemente aguardando durante os próximos 4 minutos. Optei por sentar-me na ponta de uma fileira de bancos.
Ao fundo da plataforma e caminhando na minha direcção vinha o último passageiro, um senhor cego, daqueles já habitués nestas andanças. Caminhava, devagarinho, a fazer toc-toc-toc com a vareta (correctamente chamada bengala branca), nos obstáculos ao longo da parede.
Quando se aproximou rodei as pernas para o lado, com a melhor das intenções, para evitar que o senhor tropeçasse.
Toc-toc-toc fez ele nos bancos ao meu lado, toc-toc-toc fez ele no meu banco e, depreendendo que estava vago, numa fracção de segundos – pimba –, sentou-se ao meu colo!
Ou ando com os sinais vitais ao nível dos de uma alma penada, ou o meu perfume perdeu as propriedades olfativas %-\

Etiquetas:

Mais recente›  ‹Mais antiga