terça-feira, outubro 01, 2013

my own private anjos

 © joaquim pena, 2012
Mais um dia, mais uma voltinha, e lá fui como habitualmente, apanhar o Metropolitano de Lisboa.
Perdi o último combóio e fiquei na estação vazia, pacientemente aguardando durante os próximos 4 minutos. Optei por sentar-me na ponta de uma fileira de bancos.
Ao fundo da plataforma e caminhando na minha direcção vinha o último passageiro, um senhor cego, daqueles já habitués nestas andanças. Caminhava, devagarinho, a fazer toc-toc-toc com a vareta (correctamente chamada bengala branca), nos obstáculos ao longo da parede.
Quando se aproximou rodei as pernas para o lado, com a melhor das intenções, para evitar que o senhor tropeçasse.
Toc-toc-toc fez ele nos bancos ao meu lado, toc-toc-toc fez ele no meu banco e, depreendendo que estava vago, numa fracção de segundos – pimba –, sentou-se ao meu colo!
Ou ando com os sinais vitais ao nível dos de uma alma penada, ou o meu perfume perdeu as propriedades olfativas %-\

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3 Comments:

Blogger Moskki said...

Ou ele nã era ceguinho...e estava farta de te topar as carnes....
E mal pode tunga...no teu colo....Nã sentistes as manitas...nas tuas coxas!!!!

outubro 02, 2013 5:24 da tarde  
Blogger Moskki said...

Quando...vires novamente um "suposto" ceguinho....faz-lhe um teste....dirige-te a ele a fingir que o vais atirar à linha.....


Resulta...

outubro 02, 2013 5:26 da tarde  
Blogger Mimi said...

As carnes??

outubro 08, 2013 2:34 da tarde  

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