quinta-feira, junho 05, 2008

bari é barril



Não, não fui às Arábias. Já sabem, fui a Bari.
Aconteceu que a fada ficou alojada no Sheraton, uma bizarma/mamarraxo que faria um magnífico cenário de um qualquer filme tacky anos 70, mas que consta ser o melhor hotel da cidade (rolling eyes...).
Ou... não tivesse sido o refúgio escolhido para albergar Sua Majestade Qaboos Bin Said, o Sultão do Omã (humildemente classificado entre os Top 10 d0 - $$$ - petróleo).
Já lá estava quando cheguei, ainda por lá ficou quando parti, e foi francamente impossível ignorar a sua presença. Infelizmente não me cruzei com ele no elevador e, assim sendo, ainda não foi desta que arranjei um marido à medida (nem um palácio space-age).
Mas garanto que foi tudo muito, muito exótico: 100 quartos reservados para a comitiva, uma bateria de motoristas e Mercedes pretos em permanente plantão, um batalhão de seguranças escondidos atrás de cada palmeira (literalmente) e um buffet de pequeno-almoço em constante atmosfera de intriga internacional.
Ah! e cortesia do Sultão e do Hotel: proibição de bebidas alcoólicas. Em todos os quartos, para todos os clientes!
Viva o luxo asiático, pois sim...

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quarta-feira, junho 04, 2008

bari é babbo



Não, não vou falar do Natal. Já sabem, estive em Bari.
Ora, quem vai a Bari e não vê o Pai Natal é como ir a Roma e não ver o Papa. Em Roma nunca vi o Papa e em Bari não tive melhor sorte. Mas tentei, tentei com muita convicção, ou não fosse o mito do Natal um dos meus favoritos.
Ficam a saber que os ossinhos de São Nicolau - o verdadeiro - (qual Santa Claus Coca-Cola, qual carapuça) repousam na imponente Basilica San Nicola e que a relíquia, vilmente
rapinada em Myra algures no século XI, é um dos ex-libris da cidade.
Invariavelmente como acontece sempre em visitas turísticas, a cripta do túmulo estava de momento encerrada ao público, para efeito das limpezas diárias da vassoura e da esfregona...
Acompanhada pelas minhas amigas de aventura, esperámos, esperámos, esperámos, sentadinhas na última fila de bancos da igreja, a aproveitar o descanso aos pés, e a olhar para as gárgulas do tecto.
Passou uma hora e a igreja começou a ser invadida por discretas criaturas muito aprumadas dentro de vestidos de tafetá e gravatas de seda ao pescoço. Entretanto entrou a noiva. Já que ali estávamos, não nos mexemos e assistimos ao casamento...
Como a cara da noiva estava mais tesa do que a múmia do Babbo Natale e como ainda não tinham acabado de lhe limpar o pó ao esqueleto, desistimos da ideia da peregrinação e partimos para outra freguesia em busca de relíquias mais valiosas: sapatos!
Essa sim, foi uma missão bem sucedida :D

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terça-feira, junho 03, 2008

trullilândia



Algures em Bari
fui raptada por uns quantos duendes (a maioria deles falava sérvio...), enfiada num combóio e transportada por entre os campos em direcção a uma verdadeira fairyland.


Património Mundial, Alberobello, à distância de 4 euros e 1h30m de viagem, é uma pequena cidade formada pela maior concentração (1500!) de casinhas de estrumpfes, colmeias, cogumelos, pirolitos, whatever: os vulgo trullis.
E são truly-truly espantosos a compôr um muito, muito, realista cenário de conto de fadas :D
Construções únicas no mundo, remontam aos séculos XV/XVI e, segundo reza a lenda, originalmente resumiam-se a abrigos temporários, dado que na zona só era permitida a fixação de populações a troco de elevadas taxas à corte.
Assim, os trullis são "simplesmente" blocos de pedra calcária artisticamente empilhados e equilibrados sem qualquer tipo de argamassa.
Se porventura o cobrador de impostos rondasse por perto, com uns valentes empurrões,
os astutos habitantes reduziam a aldeia a um monte de calhaus e... trufa com o trulli... nada a declarar :)



Quanto aos habitantes da Trullilândia (os trolls, suponho...), não esbarrei com nenhum. Muito menos com a Branca de Neve ou algum dos sete anões...

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segunda-feira, junho 02, 2008

bari é baril



Greetings! Após mais uma longa ausência devida a nova remessa de trabalho e ainda muita preguiça acumulada e renitente em desaparecer, a fada também levou sumiço nos últimos dias porque esteve em Bari.
Tirando 48 horas seguidas sem dormir nas vésperas da viagem, uma gripe medonha que me deixou surda durante 3 dias, um avião perdido à partida e uma mala extraviada à chegada, tudo correu às mil maravilhas :)
O sul de Itália revelou-se o oposto da fama que tem e afinal as pessoas são super simpáticas, educadas e prestáveis, os serviços eficientes, a paisagem lindíssima e os espaços públicos e património extremamente limpos e bem conservados (pelo menos o que vi).
Entre dias de trabalho e chuva (mas sempre mui feliz
na companhia de velhos colegas da Bienal), também houve abertas de sol tórrido e passeios de dolce fare niente.



Claro que parte do deslumbre foi dedicado a gulosos apetites saciados pelas delícias locais. Experimentem uma fatia de caciocavallo (um queijo primo da cabaça...) do tamanho de um bife e preparado como tal: grelhado ou panado ou frito. Nham!
E valha-nos não existir um braço infiltrado da ASAE por aquelas bandas ou os orecchiette (orelhinhas...) amassados, cortados e moldados em plena rua não teriam direito a prato típico da Puglia.
Ah! É verdade, também são secados ao léu e prosaicamente sacudidos com uma pá do lixo...

to be continued...

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