quinta-feira, abril 25, 2013

broken pieces

Ontem, um dos dias mais frenéticos dos últimos tempos, passei mais de 24 horas a trabalhar, colada em frente ao computador e embrenhada numa roda viva de telefonemas.
No decorrer de uma dessas conversações, um enorme estrondo abanou as paredes da casa. De olhar arregalado voltei-me e, no meio de uma nuvem de pó, deparei-me com o vão de uma das janelas da minha sala pespegado no chão. Convenhamos que não foi uma completa surpresa pois já se encontrava num estado deplorável, vai para lá de muitos meses. Gastar dinheiro, fazer obras, cabeça ou tempo disponível para tratar destas banalidades do quotidiano têm sido prioridades mantidas à distância, como daqui até ao Arzebaijão.
Perante as exclamações alarmadas do meu interlocutor do outro lado do telefone, tentei sucintamente explicar o que acabara de acontecer. Comentário que tudo resume: a tua vida não existe.
A sério?
Olhando para o monte de caliça, tijolo, cimento e barrotes ainda ali prostrado, auto questiono-me: e hoje fada, como vai ser o teu dia?

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