terça-feira, outubro 16, 2012

p*ttanesca

 
Preciosidade roubada no facebook (ao André):
"A Nigella Lawson chama à puttanesca, slut spaghetti"
Ela lá sabe, e já agora:
Coloca-se azeite extra-virgem numa frigideira. Adiciona-se alho finamente cortado
(às vezes com cebola), peperoncino (um tipo de pimento picante seco) e filetes de anchovas esmagados. Podem também juntar atum e cogumelos, para mais variedade.
Juntam-se os tomates e quando o molho ferver adiccionam-se as alcaparras picadas
e as azeitonas pretas. De seguida procede-se à redução do molho sob fogo forte.
Para terminar pode-se juntar salsa ou manjericão picados.
Algum outro ingrediente secreto, a fada desconhece.

Etiquetas:

terça-feira, março 18, 2008

pata no charco



Mais um bocadinho de lenha na fogueira e de água na fervura...
Muito a propósito do post anterior, e por coincidência, há poucos dias a folhear languidamente um dos meus livros da estóica Laura Santos, deparei-me com a seguinte sugestão culinária:

Coxas de rã de fricassé
Passam-se as coxas de rã por água a ferver e pelam-se. Numa caçarola, deita-se caldo, vinho branco, pimenta, sal e uma colher de farinha desfeita em manteiga.
Cozem-se durante uns 20 minutos. Bate-se uma ou duas gemas, juntam-se ao molho onde foram cozidas as rãs (depois deste esfriar), com salsa picadinha e volta ao lume a cozer as gemas; tira-se do lume e deita-se-lhe umas gotas de vinagre.


E já a nossa inestimável Bertha Rosa-Limpo enfabula — e muito bem — na bíblia Pantagruel:
Fina, saborosa, delicada, de fácil digestão, a carne de rã em qualquer parte do mundo tem sempre um lugar de muito apreço entre os bons gastrónomos. Só se consomem os membros inferiores, cortando-lhes as patas e escaldando-os com água a ferver para os esfolar, porquanto as restantes partes do corpo pouco mais possuem a bem dizer do que ossos, peles e vísceras.

A meu ver insinua-se um paralelo à polémica aqui desencadeada a propósito de escargots...
Mas volto a repetir: quem ainda não provou não sabe o que perde...
(a fada nega veementemente qualquer perseguição ou ataque pessoal a batráquios seus amigos) ;)

Etiquetas: ,

quarta-feira, março 05, 2008

sweet X



Hoje — um momento histórico — revelo ao mundo a minha receita maravilhó-secreta!
Depois de muitos anos de comprovado sucesso e inúmeras solicitações, cá vai a divulgação pública.
Para mais de 8 pessoas é só duplicar a quantidade dos ingredientes referidos (como é o caso apresentado nas imagens).
Esta sobremesa foi feita por pedido expresso e em honra da festa de aniversário da minha mui querida ex-vizinha Mrs. Di (corria o passado mês de Janeiro...).
Mais fácil é impossível, por isso experimentem sem medos! Palavra de fada.

1 embalagem de mix de frutos silvestres congelados
1 pacote de mascarpone
1 lata de leite condensado
açúcar q.b.
um xiripiti de vodka


Desta vez optei por mirtilos e framboesas. Ponham num tacho, polvilhem com 2 ou 3 colheres de açúcar (eu gosto do sabor bem ácido para contrastar com o doce do creme), regem com um fio de vodka e levem a lume brando até começar a formar um xarope. ATENÇÃO: a ideia é que os frutos NÃO se desfaçam numa papa. Retirem e deixem arrefecer.
Entretanto numa tijela batam o mascarpone durante 1 ou 2 minutos e juntem o leite condensado em fio. Batam até ficar um creme homogéneo e bastante espesso (às vezes também junto uma pitada de açúcar baunilhado).



Quando os frutos estiverem mornos coloquem no fundo de uma taça. Se usarem uma transparente o efeito será muito mais dramático :)


Com cuidado coloquem o creme por cima a cobrir os frutos e decorem a gosto. Muitas vezes uso apenas um pauzinho de espetadas para desenhar espirais no creme branco, rematado com algumas bagas frescas.



Como vos disse faço este doce há anos e anos e fui eu que o inventei num qualquer momento de desespero antes dos convidados chegarem para o jantar.
Toda a gente pergunta o nome da receita. Eeeeerrr... nunca sei o que responder. Mas acho que merecia ser baptizada. Alguém quer dar-me uma ajuda?

Etiquetas:

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

chocolate heaven



Algo me diz que algumas das nossas vizinhas vão ficar radiantes... assim esperamos.
Bom, primeiro o documento foi-me enviado pela amiguinha querumbim dos bosques e ontem uma segunda via chegou através da Tixi.
E do que se trata?
Ao que parece é uma pequena bíblia culinária que anda a girar a net. Se ainda não chegou nada à vossa caixa de email, então sirvam-se à vontade e enriqueçam o vosso arquivo de receitas de bolos de chocolate!
Aqui a fada ainda não experimentou, mas vontade não lhe falta para pesquisar estas 42 variantes de chocomania.
O/a autor/a desta relíquia resta um mistério. De qualquer forma acho que merece bem um reconhecimento público por tamanha doce revelação: OBRIGADO!!! :D

UP-DATE: Ou não fosse ela A verdadeira chocomaníaca, Miss Mimi avisou-me prontamente que existiam alguns problemas técnicos com o link para as receitas.
Está tudo resolvido e agora já podem descarregar o pdf sem mais delongas.

Etiquetas:

terça-feira, julho 31, 2007

P&P lemon chiffon cake



Para rematar a reportagem da festarola do passado sábado:
Tinha prometido à Mouse o bolinho de aniversário, ela escolheu um lemon flavour e depois de confirmada a preferência também com o Pedro, lancei os ovos à tijela:

250 gr de farinha
200 gr de açúcar
3 colheres de chá rasas de fermento
1 colher de chá rasa de sal
3 gemas
6 claras
8 colheres de sopa de óleo de girassol
3 colheres de sopa de água
sumo de 3 limões
casca de 1 limão, ralada

Ligar o forno a 180 graus. Revestir o fundo de 2 formas de aro com papel vegetal.
Peneirar a farinha e juntar 150 gr de açúcar, o sal e o fermento. Misturar bem.
Numa outra tijela misturar o óleo, a água, o sumo e casca do limão e as gemas. Misturar ligeiramente com a batedeira de varas em velocidade média. Juntar a mistura à farinha e bater muuuuuito bem, até obter uma massa fôfa e homogénea.
Numa tijela grande bater as claras em castelo com uma pitada de sal e as restantes 50 gr de açúcar. Bater até estarem em castelo muuuuuito duro.
Deixar cair em fitas a massa da farinha sobre as claras, lentamente e envolvendo muito cuidadosamente de baixo para cima. Não bater! Não se deve "matar" as bolhinhas de ar e a leveza das claras.
Imediatamente a seguir dividir a massa pelas 2 formas e levar ao forno durante ± 30 minutos ou até os bolos estarem cozidos.
Deixar arrefecer dentro das formas — viradas ao contrário — com espaço para o ar circular por debaixo. Quando estiverem frios, passar uma faca fina pelos lados dos bolos/formas e desenformar.

Este bolo é facílimo de fazer e está pronto num piscar de olhos. Em pouco mais de uma hora, voilá, um refrescante chiffon de limão, excelente sobremesa de Verão. Podem cozê-lo numa única forma — desde que seja bastante alta — e servir, assim plain, se gostam do sabor cítrico puro. Devem guardá-lo no frigorífico,
coberto.



Mas... há sempre um mas... se quiserem sarilhos e perder metade de um dia na cozinha... escolham uma qualquer forma de o rechear e decorar. A fada optou por um recheio cuja receita encontrou na net. Very easy, also:

1 lata de leite condensado
sumo de um limão (se quiserem com uma pitada de gelatina em pó)

É só isso, soa estranho, mas garanto que funciona, tanto em sabor como em textura.
Basta bater durante uns minutos até obterem um creme espesso e homogéneo.
Devem deixar repousar no frigorífico durante 3 horas antes de usar.
Milagrosamente o limão faz "prender" o leite (um nico de gelatina foi só precaução) e o creme fica perfeito e compacto para rechear sem escorrer um pingo.



Como a Mouse também tinha suspirado por framboesas, dei-lhe algo parecido... mas mais ácido para contrastar com o leite condensado e combinar com o limão: groselhas.
Enterrei-as no recheio, o que provocou um efeito gráfico curioso... ehehhehe.



Acabem de montar o bolo — atenção — o chiffon fica extremamente fôfo e húmido e deve ser manuseado com o máximo cuidado. Limpem todas as migalhas possíveis e de preferência passem uma camadinha de geleia de fruta diluída ou uma clara de ovo, antes de colocar a cobertura, para ficar mais uniforme e sem "grumos".
Passemos à decoração: neste caso fiftie/fiftie pink/blue, para ela e para ele.
Improvisei uma régua de cartão para dividir o bolo ao meio e separar as cores. Fiz um glacê com 2 claras de ovo muito batidas com icing sugar q.b. (bastante para ficar um creme bem espesso) e um xiripiti de limão para não fugir ao mote.
Depois é besuntar com muuuuita paciência (2 camadas...), com uma espátula que se vai mergulhando em água a ferver para alisar (o melhor possível) o creme.



O cake (que ficou gigantesco!) foi rematado com os 2 inevitáveis P's! De Pat e Pete.
Ah! 2 velinhas de cores correspondentes foram plantadas no centro dos "olhinhos" ;)



Apesar de correr o boato que um dos aniversariantes nem sequer provou uma migalha.... (outrageous!), acho que os convidados até apreciaram a sobremesa.
Por mim gostei, e modéstia à parte, acho que vou repetir esta receita em breve (e não aceito comentários sobre o naperon de papel...) ;)

Etiquetas: ,

quarta-feira, julho 25, 2007

pauzinhos ao sol


Metem-se num caixote, com troços de cana e troncos secos de oregãos, durante 8 dias.
Lavam-se em tantas águas quantas forem necessárias para eliminar quaisquer mucosidades.
Põem-se ao lume em água fria temperada com sal e MUITOS oregãos. Querendo-os picantes, juntam-se algumas malaguetas. Logo que levanta fervura, deixam-se cozer durante 5 minutos, o máximo, e escorrem-se num passador.

Esta época não tem andado muito favorável para um dos pitéus favoritos da fada.
Para não ferir certas susceptibilidades, manter a postura e o ar très chic-chic, direi apenas que me pélo por Escargots! (dos pequenininhos, se faz favor...).

Etiquetas:

quarta-feira, julho 11, 2007

olhó robot




Definitivamente não foi a criação mais estrepitosa da fada, mas a intenção é que conta...
Um robot meio tremelicante para o aniversário do nosso querido e doce amigo Ruizinho. As 2 velinhas nas orelhas são só simbólicas... ;)
Um bolo meio improvisado com a base do red velvet de há um ano atrás. À massa acrescentei mais um ovo, um pouco de natas e MUITO cacau... (aliás demasiado, pois acabou por ficar algo amargo — já devia ter aprendido que em doçaria não se inventa de ânimo leve).
Depois foi recheado com natas simples e coberto com creme de chocolate (uma tablete derretida em banho-maria, batida com manteiga, natas e icing-sugar).
De qualquer forma foi agradável regressar à cozinha e começar a desenferrujar os dedinhos. Bom apetite :)

Etiquetas: ,

quinta-feira, abril 12, 2007

800 receitas




No outro dia num final de tarde ventosa, a fada cruzou – quase a voar – a Praça da Figueira e não resistiu em ir dar uma espreitadinha à Feira do Livro Manuseado. Não que a desconsolada e pálida môno-tenda oferecesse grande resguardo, mas uma desculpa para vasculhar uns livrecos é sempre válida.
Infelizmente não encontrei grande coisa, fora uns três romances simpáticos (ainda não consegui largar o primeiro a que me dediquei à leitura), mas a melhor compra e pechincha, foi sem dúvida a colecção de 8 exemplares dos livros de receitas da Rosa Maria "100 Maneiras de Cozinhar".
Passo a enumerar: Acepipes, Môlhos e Saladas, Sôpas, Ovos, Peixe, Carne, Cozinha Vegetariana, Compotas e Geleias e Fazer Doces.
Estes pequenos manuais são notáveis, quanto mais não seja pelas suas fantásticas capas! Bom, sim, também consigo julgar os livros by the cover e neste caso a arte gráfica parece-me que ficou, de longe, a ganhar. Não desfazendo os talentos da incontornável e caríssima Rosa Maria, reconhecemos ainda que a sua espantosa capacidade de condensar 100 receitas por volume (de singelas 32 páginas cada) implica um poder de síntese, comunicação e imaginação surpreendente...
Confirmem e tomem lá nota de umas quantas, num post-it:

Sopa "Charrette" (original)
Aloura-se uma cebola partida miudinha, juntado,
por pessoa, uma colher, das de sopa, de aletria.

Voltar para que aloure bem. Deitar caldo de carne, sal e pimenta.

Ovos com rãs (mais ainda...)
Cortam-se as coxas das rãs, limpam-se de peles e põem-se em vinha de alhos.
Passado algum tempo, enxugam-se, passam-se em farinha e fritam-se;
estrelam-se ovos e dispôem-se num prato.

Carapaus com molho de tomate (assim, também eu)
Fritam-se os carapaus e batatas, e servem-se com molho de tomate.
(ver receita no livro Arte de Cozinhar, por Rosinha Costa).

Frango Real (cinematográfico)
Coza-se um frango que se coloca na travessa, enterrado (!!!)
em molho espesso de tomate e guarnecido com esparregado de espinafres (???)
enfeitado com rodelas de ovo cozido, bem duro (?!?!).

Abstenho-me de partilhar os impressionantes textos alusivos a Mãozinhas de Carneiro à Portuguesa, Miolos à Alentejana e Orelha de Porco à Veneziana, porque têm todos mais de três linhas...
Mas certo é que, nos nossos tempos modernos, estas receitas ainda apresentam a prática vantagem de poderem ser trocadas – via sms – em qualquer momento de aflição.
E tudo por 0,75 cêntimos ó-livro. Ora então, no poupar é que está o ganho!

Etiquetas:

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

zdravo!



A fadinha está de volta :-D e :'-( apenas para descobrir que dentro do doce lar de Lx, a temperatura não difere muito daquela sentida, debaixo de céu aberto, nas terras da Eslovénia... Brrrrrr!!!
E eu ali, a dormir num quarto aquecido a 26º, com dois edredons a fazerem-me suar as estopinhas de Ljubljana, do melhor.
Bom, para combater o frio nada melhor do que umas calorias extra e... conforme prometido, aqui deixo uma amostra dos docinhos lá do sítio.
Em cima, podem ver o famoso Prekmurska Gibanica, uma espécie de strudel originário do norte do país e que, segundo me disseram, para ser o único e verdadeiro deve ter 60 (s-e-s-s-e-n-t-a) camadas! Mas começo a pensar que devo ter sido eu que percebi mal...
Enfim, camada a mais ou camada a menos, recomenda-se que a iguaria seja consumida como prato principal do almoço ou do jantar, tal é a bomba. Mas vale a pena o esforço requerido ao estômago, porque confirmo que é realmente delicioso, com os seus múltiplos layers de massa folhada, maçã, canela, queijo, sementes de papoila, mel, nozes, avelâs, etc, etc, etc... ai!
Quanto ao Slaščičarna Šmon, é uma especialidade de Bled, um verdadeiro cenário de conto de fadas a 55 km da capital, famoso pelas suas estâncias turísticas e hotéis de ch
arme, nas margens de um lago cuja paisagem é absolutamente de cortar a respiração. Já para não falar no deslumbre de, no meio do lago, existir uma pequena ilha coberta de vegetação luxuriante e com uma igrejinha no cucuruto, que mais parece um castelo mágico %-P. E castelo a sério também há. Imponente e maciço no topo de uma escarpa, a controlar os horizontes desde o ano 1000 e picos (!!!!)...
Estive lá numa outra viagem e também confirmo que o boleco em baixo, com ar algo simplório a remeter para um garibaldi recheado de enjoativas natas, engana totalmente. Dificilmente me recordo de na vida ter provado algo tão ou mais delicioso. Infelizmente (ou não...) a receita, ao que consta, é mantida no segredo dos deuses.
E por agora, resta-me tentar continuar com estes paladares, na ponta d
a língua e da memória, e suspirar até um próximo regresso ao meu cantinho favorito da europa.
Suspeito que daqui a uns mesinhos regressarei àquelas regiões, para novas aventuras e visitas a paisagens desconhecidas. Mas tudo a seu tempo, tudo a seu tempo...

Etiquetas: , , ,

sexta-feira, novembro 10, 2006

blue cake



Há uns tempos atrás, a fada voltou a fazer das suas...
Desta vez um misto de bolo de goodbye e de aniversário atrasado para um amigo que partiu para os EUA (daí a escolha cromática e temática stars and stripes...).
A decoração final também tentou evocar a própria imagem de marca do homenageado, mas os óculinhos de massapão, somehow, durante a espera da noite enterraram-se pela cobertura abaixo... ops!
Apesar do aparato – como é hábito – algo carnavalesco, o interior escondia um singelo bolo de café, que ficou bem apetitoso.
Se estiverem interessados, é muito fácil de fazer:

BOLO DE CAFÉ
4 ovos
250 gr de açúcar
130 cl de café frio e forte
1 colher aroma de baunilha
130 gr de farinha
1 colher de chá (rasa) de fermento
1/4 colher de sal
Bater as claras em castelo firme com 50 gr de açúcar.
Numa tigelinha bater as gemas, juntando devagar o café e o aroma de baunilha. Reservar.
Peneirar a farinha com o fermento e o sal, fazer uma cova no meio e deitar aos poucos o preparado de café. Misturar bem.
À laia de bolo chiffon, deitar esta massa em tiras largas por cima das claras em castelo e envolver muito cuidadosamente e SEM bater.
Deitar o preparado numa forma de 23 cm (ou uma forma alta com buraco), NÃO untada.
Para facilitar o desenformar, forrei o fundo com papel vegetal.
Levar ao forno regulado para 180 graus durante ± 1 hora, ou até um palito sair sequito, quando espetado no centro do bolo. A textura deve ficar fôfa e um pouco húmida.
Deixar arrefecer sobre uma rede com a forma virada para BAIXO.
Despegar os lados com uma faca afiada e desenformar.
Para reforçar o sabor do café (uma preferência do "dono" do bolo), usei um recheio de moka.

RECHEIO
80 gr de manteiga
100 gr de icing sugar
5 colheres de sopa de café forte
umas gotinhas de essência de baunilha
Bater muito bem a manteiga com o açúcar e juntar os líquidos.
Misturar até obter uma consistência homogénea e aveludada.
Truques: se ficar "mole" de mais, levar ao frigorífico a "prender", se ficar com grumos ou deslaçar, levar ao microondas por breves segundos e voltar a bater (dicas aprendidas ao longo de anos de prática e de asneiras...).
Cortar cuidadosamente o bolo ao meio, rechear, montar e limpar as migalhas. Está pronto para ser decorado ao vosso gosto e imaginação.
A panóplia azul que se vê, não é mais do que natas batidas (muito frias) com pingos de corante alimentar... Se forem muito gulosos podem juntar icing sugar.
Para usar a seringa de pasteleiro, juntem sempre um pacotinho de chantilly fix, para as natas ficarem bem rijas e não murcharem...

Nota da cozinheira: foi muito divertido no fim da festa ver os convidados a deitarem a língua de fora uns aos outros... (estavam todos com alarmantes graus de pigmento azul na ponta das papilas gustativas...) ;-D

Etiquetas: , ,

domingo, julho 30, 2006

red velvet



Espero que a Mouse e os ilustres convidados tenham apreciado esta peça de pastelaria que fiz com toda a dedicação.
Já sabem que a culinária funciona para mim como uma terapia... que desta vez me custou uma noitada até às 05h00 am...
Não consigo evitar o fascínio pelos bolos de creme, e quanto mais kitsch melhores...
O treino vai continuando, através deste site que vos recomendei recentemente.
Foi de lá que retirei esta receita e a história do Red Velvet Cake é curiosa e apetitosa. Dadas algumas condicionantes logísticas, a receita que vos sugiro aqui é uma versão fada*do*lar style. Enjoy!

Bolo Veludo Vermelho
250 gr de farinha
1 colher cheia (chá) de fermento
1/2 colher (chá) de sal
2 colheres cheias (sopa) de cacau em pó
120 gr de margarina à temperatura ambiente
300 gr de açúcar
2 ovos grandes
1 colher rasa (chá) de açúcar baunilhado
250 gr (2 pacotes) de iogurte natural açucarado
3 colheres (sopa) de corante alimentar vermelho

Cobertura e Recheio
500 gr de queijo mascarpone*
100 gr de icing sugar
1 pitada de açúcar baunilhado
Bater os ingredientes até obter um creme homogéneo e espesso. Guardar no frigorífico até ao momento da utilização.
*hum... como exagerei a barrar as camadas, faltou-me creme para o resto cobertura. Em desespero juntei mais um pacotito de queijo creme Philadelphia (penso que o Philadelphia também ficará bom em vez do Mascarpone, ou pelo menos bastante mais "light", talvez...).




1. Forrar o fundo de 2 formas de 23 cm com papel vegetal encerado para cozinha e untar os lados com manteiga. Pré-aquecer o forno a 175º, colocando a grelha no centro.
2.
Peneirar a farinha com o fermento, o sal e o cacau e misturar bem. Reservar.




3. Juntar o corante vermelho ao iogurte, misturando bem. Reservar.



4. Numa outra tijela bater bem o açúcar com a manteiga e a baunilha.
Adiccionar os ovos um a um, batendo até ficar uma mistura homogénea e fôfa.




5. A esta mistura juntar, aos poucos e alternadamente, a mistura da farinha e do iogurte. Deve-se começar e acabar com a mistura da farinha e usar a batedeira na velocidade lenta.



6. Dividir a massa pelas duas formas, previamente preparadas, alisar a superfície e levar ao forno a cozer. O bolos estão prontos quando um palito espetado no centro sair seco.
7. Deixar os bolos arrefecerem, durante ±15 minutos e dentro das formas, mas em cima de redes para o ar circular por baixo. Desenformar cuidadosamente e quando estiverem completamente frios embrulhar em película aderente e levar ao congelador durante aproximadamente uma hora. Esta estranha operação opera maravilhas no momento de cortar os bolos ao meio para colocar o recheio (estamos sempre a aprender!)
8. Manusear cuidadosamente as 4 camadas de bolo, que devem estar muito fôfos, e colocar o recheio de queijo entre cada uma delas. Limpar as migalhas e cobrir por cima e à volta.
Decorar a gosto! Entre espirais e cornucópias, desta vez escolhi umas baginhas de groselhas.
Guardar, coberto, no frigorífico durante 24 horas antes de papar. Depois, se sobrarem algumas migalhas, guardem à mesma no frio. Bom apetite :-D

E modéstia à parte, apesar deste boleco ser uma BOMBA, ficou verdadeiramente delicioso e o que as minhas papilas gustativas me dizem é que está a melhorar de dia para dia... ;-)

Etiquetas: ,

sexta-feira, julho 28, 2006

dose tripla



Enquanto o génio se prepara para o raid final, a casa da fada tenta regressar à normalidade. Portanto, vamos falar de coisas novas, talvez de sapatinhos, tupperwares, sapatinhos, bolos, vestidos, sapatinhos, flores, tupperwares, sapatinhos e para variar um pouco, de macarrão! ;-)
Há muito tempo que não cozinhava com regularidade e não pensem que faço este prato dia sim, dia não... mas cá está ele (numa mistura macarroni/cappellini...) em dose tripla, depois da publicidade gentilmente dada na vizinha Elvira.
Entretanto, para dar uso aos ingredientes turcos que ainda estão na despensa andei a investigar umas receitas que me parecem muito interessantes, em particular as de vegetais.
Nham, nham.

Etiquetas:

domingo, julho 16, 2006

ice cake



Durante o fantástico weekend no Alentejo, para além de um gordo porco assado no espeto (cuja marinada era pincelada na carne com um grande ramo de folhas de louro), ainda provei maravilhosas saladas, sopa de cação, suculentos presuntos e queijos e uma gulosa sericaica. Enfim, entre outros mimos... incluindo um sumptuoso bolo coberto com cascatas de chantilly.
Com o calor que estava, ao primeiro olhar duvidei mas depois claro que não resisti à tentação e lá fui espetar o garfo. Qual foi o meu espanto ao descobrir que o dito bolo era uma verdadeira pedra! De gelado e absolutamente delicioso.
Não descansei enquanto não consegui arrancar a receita e ainda fiquei mais espantada ao descobrir os singelos ingredientes.
Entretanto já lancei as mãos à obra:

Bolo de Pudim Gelado
4 pacotes de pudim chinês Mandarim (cá está ele!)
2 litros de leite
12 colheres de açúcar
2 pacotes de bolacha Maria
2 pacotes de natas espessas para bater
café



1. Fazer um café forte ao qual juntei um cheirinho de Brandy e umas gotitas de caramelo líquido. Molhar rapidamente as bolachas.
2. Forrar o fundo de uma forma de aro removível com a papinha das bolachas. Levar ao congelador a prender.



3. Preparar o conteúdo de 2 pacotes de pudim conforme as instruções da embalagem. Deixar arrefecer um pouco e verter por cima das bolachas. Levar ao congelador até solidificar.
4. Colocar mais uma camada de bolachas, levar ao congelador, preparar mais 2 pacotes de pudim e verter por cima. Congelar. Finalizar com uma terceira camada de bolachas. Levar novamente ao freezer...



5. Desenformar e decorar a gosto e manter no congelador. Neste exemplo... bater os 2 pacotes de natas (muito frias) com umas colheres de icing sugar e um pacotinho de "fix chantilly", que deixa as natas óptimas para usar na seringa de pasteleiro.
6. Barrar o bolo, juntar um pouco de corante pink e desenhar cornucópias... <:-D
As minhas foram feitas às três pancadas em stress, mas para a próxima esmero-me!

***************************
Como viram não deve existir sobremesa mais básica apesar de demorar um bocadinho por causa dos tempos no congelador, mas acho que não me devem ter dado todos os segredos da receita original. Confesso que fiquei algo desiludida porque não saiu a maravilha que provei no Alentejo :-(
É um gelado simpático mas simplório e não houve o tempo necessário para o apurar. Dicas que podem ajudar: usar a verdadeira bolacha Maria Nacional em vez de sucedâneos espanhóis; usar leite gordo ou meio gordo em vez de magro com sabor a água; talvez ralar as bolachas e fazer uma papinha mais doce, eventualmente com um pouco de leite condensado ou cacau; colocar uma camada de natas no interior do bolo. Ou usar bolachas Oréo de chocolate :-D ?????
Tudo possibilidades a explorar até se chegar à fórmula certa. Eu vou continuar no laboratório. Alguém tem sugestões?

Etiquetas: , ,

sexta-feira, maio 26, 2006

dose dupla



A fada-do-lar está toda orgulhosa outra vez porque a amiga Elvira voltou a publicar, desta vez no seu internacional Bistrot, a minha receita de Macarrão com Canela :-D e agora já está traduzida do francês para português. Obrigada! Obrigada!
Fiquei cheia de saudades e apetites na ponta da língua porque há bastante tempo que não cozinho este prato.
De qualquer forma, acabei de confirmar que tenho todos os ingredientes necessários à espera no frigorífico :-)

Etiquetas:

quarta-feira, abril 19, 2006

parmesão com todos



A fada-do-lar está reluzente e inchada de vaidade! :-D
A nossa querida vizinha Elvira testou e provou uma receita que é prato habitual cá em casa (aliás... alguns de vós já levaram com este macarrão no prato). E melhor do que tudo, os resultados foram divulgados ao mundo, na sua fumegante e apetitosa tasquinha.
Ela acrescentou um pouco de queijo ralado à receita, aliás como é da tradição na cozinha italiana. Eu omito sempre o parmesão mas por simples gosto pessoal, devido a muito boa gente tentar fazer com que eu engula queijo ralado com TUDO. Expliquei isto por mail à Elvira, e deixo-vos aqui um excerto do texto, para melhor compreenderem o meu trauma...

«Uma vez fui carregada para Itália com pacotes de bacalhau para presentear a famelga com algumas receitas portuguesas. Um dia quase que houve sangue na cozinha quando a sogra apareceu de parmesão em riste para afogar o meu bacalhau com natas!!!!! Segundo ela: "Cosi, resta MOLTO piú saporito!"...
Piú saporito, a minha avó torta... ihihihihihi.»

Etiquetas:

quinta-feira, abril 13, 2006

a burro



Pronto, pronto... cá vai a receita:

esparguete – q.b.

água a ferver – bastante
sal – uma pitada

Cozer o esparguete al dente.

Escorrer e deitar por cima uma colherita de manteiga. Mexer.

Está pronto! %-|


Para os gourmets, ou abastados, podem polvilhar com parmesão ralado (com parcimónia, por favor).

Os que estão de dieta devem omitir a manteiga, e o queijo nem cheirá-lo...

Etiquetas:

terça-feira, abril 04, 2006

abracadabra


Entre fadinhas e bruxinhas às vezes parece não existir grande diferença.
Depois de um longo período afastada da cozinha, nos últimos tempos parece que encontrei no meio dos tachos uma espécie de terapia. Freud talvez pudesse explicar.
No outro dia, aliás noite... estava inspirada e fiz de uma assentada um lombo assado, batatinhas com natas ácidas, várias entradinhas, um clafoutis de maçã e uma nova versão do clássico chiffon de chocolate. Tudo para um lanchito...
Custou mais lavar a louça, do que tudo o resto. %-\


Chiffon de chocolate
200 gr de farinha
50 gr de maisena
275 gr de açúcar
50 gr de cacau em pó
3 colheres de chá de fermento
2 gemas
8 claras [eram pequenas, para aproveitamento]
6 colheres de sopa de óleo
8 colheres de sopa de água
1 colher de sopa de licor de tangerina
3 colheres de sopa de brandy

Para o recheio, é à escolha do freguês. Neste caso fiz um escuro e espesso creme de chocolate princesa.
200 gr de chocolate de culinária em tablete
200 ml de natas espessas
50 gr icing sugar
1 pitada de baunilha em pó

Num tijela juntar todos os ingredientes secos, de preferência peneirando para os misturar muito bem. Adiccionar por esta ordem: o óleo, as gemas, a água e os licores e bater até ficar uma massa cremosa.

Numa outra tijela bater muito bem as claras até estarem em castelo e muito duras.

Verter o conteúdo da primeira tijela por cima, lentamente e deixando a massa cair em fitas. Envolver com muito cuidado com uma espátula e em rotações verticais de baixo para cima para não rebentar as bolinhas de ar das claras. Não se pode bater!

Deitar numa forma não untada. Deve ser alta (±18cm x 10 cm), pois o bolo cresce muito.
Levar ao forno, previamente aquecido, e deixar cozer em temperatura moderada (± 150º). Deixar arrefecer com a forma invertida, apoiando-a em 2 ou 3 copos de forma ao ar circular por baixo. Se usarem uma forma com buraco, podem pendurá-la no gargalo de uma garrafa.

Para o recheio e cobertura
Derreter o chocolate em banho-maria.
Bater ligeitamente as natas com o açúcar e a baunilha e envolver o chocolate derretido até ficar um creme espesso e homogéneo.

Quando o bolo estiver completamente frio, despega-se da forma com uma faca muito fina, desenforma-se e cortar-se cuidadosamente ao meio para colocar o recheio. Montar o bolo, limpar as migalhas e está pronto a ser decorado.
Finalmente para a cobertura, mais uma vez as hipóteses são infinitas.
Neste caso usei também creme de chocolate para o topo do bolo e os lados foram cobertos com natas espessas batidas com icing sugar, uma pitada de baunilha e a little touch of pink colour :-D
Este bolo é francamente bom e pouco doce, deve ficar com uma textura muito leve, esponjosa e húmida.
Ah! e a rematar, coloquei uns moranginhos para celebrar a Primavera. Bom apetite!


[conheço 2 pessoas mestres em bolos chiffon: o meu compadre que consegue uns resultados espantosos ao rechear e decorar os bolos com natas simples e frutos silvestres e a D. Floripes, mãe de uma amiga de infância, que fazia os chiffons mais leves e gigantescos que alguma vez comi :-D]

Etiquetas: , ,

‹Mais antiga