terça-feira, fevereiro 12, 2013

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O drama do dia em 24 alíneas:
1
um monte de roupa para lavar
2
uma carga feita à máquina 
3
 um monte de roupa para pendurar no estendal
4
  chuva
5
impossibilidade de pendurar a roupa no estendal
6
mesmo sem chuva, a mesma impossibilidade
7
afinal estou sem estendal (outro drama com direito a alíneas próprias)
8
monte de roupa artisticamente empilhada em cima do radiador
9
dormir
10
uma pirâmide de roupa, por uma qualquer falha técnica, desmorona-se  
11
uma Milú descobre nova cama caída do céu
12
a noite de sono provoca-lhe um lombo húmido
13
o meu acordar provoca-me uma irritação para o resto do dia
14
pilha de roupa feita numa rodilha e coberta de pêlos brancos
15
o mesmo monte de roupa para lavar
16
nova carga feita à máquina
17
uma cadela encardida escapa, por uma unha negra, ao programa de centrifugação
18 
um monte de roupa para secar
19 
sol 
20
impossibilidade de pendurar a roupa no estendal
21
mesmo com sol, a mesma impossibilidade
22
afinal estou sem estendal
23
monte de roupa artisticamente empilhada em cima do radiador
24
(...)

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segunda-feira, fevereiro 11, 2013

c'um caraças


Por vicissitudes da oitava vida paralela da fada, nos últimos tempos estive em permanente ping-pong de emails com uma rapariga francesa. Super querida desde o primeiro contacto, as mensagens foram evoluindo informalmente e, cheias de simpatias de uma para com a outra, ficámos as melhores amigas. Assim, cutchi-cutchi, tu-cá, tu-lá.
Passaram-se 3 meses de afável e divertida comunicação em preparação para uma visita dela a Lisboa, onde pretendia trazer a filhota para comemorar os seus 10 anitos e, expressamente, para brincar ao Carnaval :) 
Pareceu-me uma excelente ideia e muito original presente de aniversário. Imaginei-a uma parisiense estilosa, de franjinha e bóina, a passear com a criança pela mão nas calçadas de Lisboa e, claro, sempre absolutamente firme no alto dos seus stilettos. A imagem era bonita.
Finalmente chegou! Hoje. E como não fui recebê-la pessoalmente, contactei logo a pessoa que o fez para saber se tudo tinha corrido bem. Queria ter a certeza de que estava a ser bem tratada.
E sim, sim, confirmaram-me que correu tudo às mil maravilhas, a miúda é uma querida, e o pai também!
Oi?
O pai? 
Ela, a minha querida amiga, afinal é um ele...
Comecei a pensar onde me enganei tanto. Terá sido no nome andrógino a remeter para personagens de manga japonesa?
Terão sido os inúmeros detalhes que procurou saber sobre Lisboa? E sobre todos os eventos e festarolas de Carnaval? 
Terá sido a preocupação e minúcia em garantir e transformar esta viagem numa inesquecível surpresa e festa para a filha?   
Estou algo embaraçada comigo própria. Fui preconceituosa... tirei ilações precipitadas, em suma, fiz uma leitura imediata e errada sem nunca me passar pela cabeça a possibilidade de uma realidade diferente. Medo.
E claro, nunca irei revelar a minha gaffe à menina...
Sem querer arranjar justificações fáceis, talvez o facto de todos os emails (incluindo o subject e assinatura) terem sempre chegado forrados de bonecada e florzinhas (desde o primeiro), possa ter sido o pequeno tudo-nada a provocar a confusão.
"(・_・?) ☆彡 (¯`·. trá-lá-lá-and-so-on-and-on-and-on.·´¯) □_ヾ(・_・ )"
Get my point? E afinal... do que é que isto serve para tirar as conclusões a que cheguei? Exacto... nada, simplesmente nada.
Mas, fantástica coincidência tento convencer-me –, é Carnaval, e ninguém leva a mal :\
E, verdade, verdadinha, fartei-me de rir com o "trocadilho" :)))

lição (finalmente, ok, parcialmente...) aprendida: don't judge the dog by the fleas
estou perdoada?

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sexta-feira, fevereiro 08, 2013

democracia


Depois de ter lido isto, surgiu-me uma ideia.
Alguém vai negar-me este direito?

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

super shopping

Para tentar combater este estado catatónico em que me encontro, nada melhor do que arriscar um simples exercício de terapia, vulgo, uma visita ao supermercado. 
Talvez o facto de não ter uma côdea de pão na despensa nem um ovo choco no frigorífico, tenha contribuido para uma momentânea rajada de coragem e energia.
Mas aqui no bairro, é sempre uma alegria a ida às compras, pois não existe melhor e mais rápida forma de encontrar a vizinhança.
Hoje não foi excepção, quando dois queridos amigos me procuraram na fila da caixa, depois de terem encontrado a Milú Maria atarrachada à porta da loja. E quando saí tinha outra amiga a coçar os bigodes à bicha. Está provado que é bom ter "alguém" que anuncia, de forma tão inequívoca e distinta, a minha presença :)
Outro detalhe que contribuiu consideravelmente para o sucesso da incursão terâpeutica, foi o facto da superfície comercial se encontrar envolvida (aos altos berros) pelas melodias trá-lá-lá lânguido/melosas do nosso mui estimado Dean.
Por momentos, pensei que ainda era Natal :) e o cenário de bróculos, tomates, queijos e chouriços, ganhou uma certa aura de videoclip. Creio até que cheguei a retirar da prateleira um frasco de maionese, em câmara lenta.
Ainda mais emocionada fiquei quando, no corredor das bebidas, me cruzei com um rapaz que assobiava, compenetradamente, com toda a segurança e convicção, os flauseados de That's Amore. Não o conheço de lado nenhum, mas subiu instantaneamente 300 pontos na minha consideração.
Amanhã talvez arrisque ir ao talho.

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quarta-feira, fevereiro 06, 2013

reborn

Nestes dias a fada morreu (mais) um bocadinho.
Entre respirar fundo com um nó na garganta e a árdua tarefa de começar lentamente a encerrar portas, alguém muito especial teve o gesto supremo de me levar a usufruir um tratamento com a capacidade de proporcionar efeitos positivos imediatos.
Ontem, pela primeira vez em um ano e meio, passei longos momentos em frente ao mar, a absorver o cheiro do oceano e o calor do sol.
Passadas algumas horas não resisti, despi os collants, descalcei os sapatinhos e, enfiada em roupas de lã, entrei na água. Durante infinitos minutos, momentary bliss foi tudo o que senti.
Por mim, ainda agora lá estaria. Mesmo enregelada até aos ossos e com a bainha do vestido encharcada.

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quarta-feira, janeiro 30, 2013

self-bite

Numa destas manhãs acabou-se-me o gel de banho. 
De regresso a casa, já tarde, entrei num supermercado chinês (têm o meu eterno apreço pelos magníficos horários que praticam, 365 dias por ano...), e percorri longamente as prateleiras dos productos de higiene pessoal. A oferta de artigos para o banho era imensa e, devo dizer, todos de marcas desconhecidas. Hesitante, demorei eternidades até me decidir por um. Tal como faço sempre com quase tudo o resto (lava-chão, detergente da roupa, sabonete líquido, etc, etc, etc), desenrosquei mil tampinhas e cheirei todos os líquidos. Finalmente encontrei um extremamente apetitoso e dei por encerrada a sessão de compras.
Na manhã seguinte, já no chuveiro, a coisa começou mal. Para fazer o gel sair tive de agitar e espremer a embalagem como se fosse um frasco de Heinz Ketchup. E de repente: pop! O gel saltou.
Fiquei a olhar para a minha mão e por momentos pensei que afinal tinha comprado um boião de compota de morango ou framboesa. A cor, espessura e textura são idênticas. Provavelmente o sabor também...
Dado o rótulo estar escrito na língua de um qualquer país 37 graus a sudoeste do Cazaquistão, não consigo apurar com grande rigor os ingredientes. Não imagino sequer se a médio prazo esta geleia me vai fazer cair a pele ou provocar um ataque de urticária. 
A nível de efeitos a curto prazo, no entanto, já deixou algumas marcas de dentadas nos meus braços. Não se preocupem, a Milú está inocente. 
São apenas o resultado de actos de self-indulgence, leia-se: foram auto-infligidas.

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segunda-feira, janeiro 21, 2013

bem aviado

Hoje, durante o almoço, estive a debitar tristes aventuras que vivi na semana passada, com um novo trabalho e cliente. O dito, um senhor com discurso floreado cheio de poesias e salamaleques, porte majestoso, maneirismos e mordomias de cavalheiro de outros tempos, voz doce, pausada e lânguida, pode ser descrito em suma, como sendo um senhor com S grande. Em resumo também, foi o pior cliente que jamais tive em tempo algum, autista, desconfiado, desfasado de realidades básicas e demente ao ponto do desespero. O trabalho foi rápido mas perdi anos de vida. E ainda por cima já fala de projectos futuros...
Um amigo ao ouvir a estória comentou que com isto, pelo menos eu teria assunto para o blog. Nã, nã, nã, nem pensar.
Quase preferia contaminar estas paredes com estórias do pesadelo paralelo que tem sido as obras aqui do condomínio. Isso mesmo, aventuras, e acima de tudo, desventuras com a vizinhança e a hercúlea e penosa tarefa (em curso) para restaurar e pintar as fachadas do nosso Castelo. Mas afinal também não vou falar disso pois amuei ao saber da cor escolhida para as paredes. Vou ter que viver com um azul deslavado a puxar para o cueca, em detrimento do cor-de-rosa – ora bem – tão popular por estas colinas. E não faço mais comentários, que estes últimos dias não têm corrido nada bem.
No entanto tenho algo que vos quero mesmo contar. Depois de ter deixado a Milú Maria o dia todo sozinha em casa a passar fome, antes de regressar ao lar lá fui a correr comprar um pacote de ração, antes que ela se afinfasse a algum par dos meus sapatinhos. Fiz as compras numa mercearia popular no bairro chique do Chiado.
Enquanto aguardava a minha vez para pagar, oiço o senhor à minha frente (claramente cliente habitual), berrar para a dona do estabelecimento:
– Ó Dona Paula! Tem torresmos???
– Tenho sim, Sr. Eduardo!!!
– Então avie-me aí umas 200 gramas!
– É pra já!
E pronto, isto sim, é verdadeiro material no sense. Fico feliz por ter conseguido voltar a escrever algo neste blog.
Até à próxima! Será em breve, concerteza.

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segunda-feira, janeiro 14, 2013

guess what? pull it!

Bom design. Bom packaging. 1910.
Os fins justificam os meios.

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sexta-feira, janeiro 11, 2013

passarinho no ninho

Esta semana estive a tirar umas fotografias e a meio do processo fiquei com o cartão de memória cheio. Fui ao menú da máquina e comecei a apagar imagens antigas. Para terem uma ideia de há quanto tempo não fotografava, pelos deletes fiz uma viagem até às férias de 2011...
A meio, deparei-me com estas imagens, esquecidas e nunca despejadas para o computador.
Remontam a um dia de limpezas cá em casa, em que distraidamente coloquei uma taça de madeira (32 cm de diâmetro) no chão, cheia de amostras de tecidos. Quando dei conta, um passarinho tinha-se alojado lá dentro...
Não imagino como a bola peluda conseguiu contorcer-se e encaixar-se perfeitamente nesta "casca", que decerto considerou muito atraente e confortável. 
Claro que não resisti a registar o momento e a rir perdidamente enquanto (sem sucesso) tentava desmontar o ninho...

Milú, Milú, se não existisses tinhas que ser inventada.

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quinta-feira, janeiro 10, 2013

waiting for summer

Aaaaaaaah! %-)
Hoje recebi a prenda de Natal mais estrepitosa que podia imaginar: um bikini!
Retro, retro, lindo de morrer. Não é este da fotografia, mas quase que podia ser, eheheheheh.
Mil beijinhos rechonchudos para o Charlie, o amigo mais querido que me estraga com mimos.
Lá está, pode ser Natal quando uma fada quiser. Obrigada! :))))

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quarta-feira, janeiro 02, 2013

new beginnings (repeat)

"Ano Novo, Vida Nova"
Hum... hum... de boas intensões, está a fada cheia. 
Sendo do conhecimento universal que, as resoluções de ano novo duram, sensivelmente,
uma semana, vamos ainda no dia #2 e já estou a ficar desorientada.
Fairies always be fairies.

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segunda-feira, dezembro 31, 2012

goodbye forever

Photobucket 

Desejosa de fugir a sete pés deste 2012, ano horribilis (mais um...), espero que pelo menos o efeito de (muitas) bolhinhas de champagne me ajude a entrar em 2013 
looking at the world through rose-tinted glasses.
tchim-tchim

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sexta-feira, dezembro 28, 2012

(...)

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AHHHHHHHHHHHHHH!!!
Preciso de um exorcismo.

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segunda-feira, dezembro 24, 2012

*ho*ho*ho*

Nesta casa este ano praticamente não há Natal.
(não esquecer no entanto que o calendário das festividades continua)
Realidade atípica, algo triste, do que costuma ser a tradição.
Mas muitos outros natais virão.
E que nunca faltem luzinhas a brilhar :)

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domingo, dezembro 23, 2012

strange love


 
 Está escolhido o meu filme de Natal 2012.
Quem continuar a duvidar da magia de Tim Burton só tem a perder.
E ao ver isto e isto, novamente tenho a certeza inabalável da profissão que me faria feliz 
24 horas por dia, 365 dias por ano.
Sonhar é fácil. 


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sexta-feira, dezembro 21, 2012

genericamente






E não estou a falar do fim do mundo.

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segunda-feira, dezembro 17, 2012

so much to do, so little time

Tenho andado tão distraída e ocupada com os zig-zags do quotidiano que, só hoje tive uma epifania que me provocou um baque no coração: o mundo acaba daqui a 5 dias.
Andamos de um lado para o outro feitos baratas tontas, perdemo-nos em miudezas, o tempo voa num piscar de olhos e puff, olha, sem mais nem menos, afinal é já agora. 
E assim, às portas do Natal. Quer isto dizer que nem vamos ter direito a perú, filhóses e bolo Rei? Hum? E ninguém se insurge? Uma petição? Uma manifestação? Nada? É infame.
E eu aqui, com a casa por limpar, a roupa por lavar, a cadela por tosquiar e as finanças por pagar. Estou tramada.
Pior, pior do que isso tudo, o fim do mundo é daqui a 5 dias e eu não tenho nada decente para vestir. Stress!!! 

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sábado, dezembro 15, 2012

let it snow

Ouvi dizer que hoje nevou em Lisboa! A sério? Oh... escapou-me o momento :(
Ontem, a uns senhores da Letónia, garanti que tal fenómeno nunca ocorria. 
Para isso teriam de ir à Lapónia. 
Enganei-me.

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quinta-feira, dezembro 06, 2012

cold feet

The rain in Spain stays mainly in the plain.
Já em Portugal, a realidade é outra. Raios e chuviscos!

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quarta-feira, novembro 28, 2012

sobe, sobe, balão sobe

Há uns dias, estava a fada novamente numa varanda no Chiado, quando alguém na esquina da rua soltou um balão de hélio.
Não era um balão qualquer e não parecia ter fugido vilmente das mãos de uma criança distraída. Tinha a forma de um "balão de pensamento" cartoon style. Era formado por um balão grande, "fofinho" e recortado às ondinhas, e outros três mais pequenos amarrados ao longo do cordel.
Só consegui ler a missiva escrita no maior, qualquer coisa como "leva-te contigo, leva-me a passear". Se conseguisse, tinha aceite o convite, enquanto mentalmente fazia uma associação imediata à  canção da Manuela Bravo.
Lá foi ele, sozinho, a trepar pelos ares, iluminado pela luz do sol. Perdi-lhe o rasto quando desapareceu por detrás de uns telhados, mas alguns minutos mais tarde voltei a vê-lo, já lá longe, só um pontinho branco no céu, a grande altitude.
E voou, voou, sempre a subir, determinado em ir entregar a sua mensagem a algum passageiro de um Boeing 737. Bon voyage e que alguém tenha aceite o desafio.

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terça-feira, novembro 27, 2012

(also) dumb ways to live

 
[roubado no facebook ao MSS]

Tão bom!

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sábado, novembro 24, 2012

blind, deaf, mute


Já sabia por intuição, mas não queria saber. I'm not a wise girl, never been.
Não vejas, não oiças, e muito menos, não fales.
Come bananas fada, come bananas.

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segunda-feira, novembro 19, 2012

arrancar olhinhos

Relaxante...

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quinta-feira, novembro 15, 2012

o convite da loucura

A fada decidiu dedicar-se com maior empenho à arrumação da casa, incluindo livrar-se de tralhas inúteis. Tarefa hercúlea e quase impossível, direi, pelo que iniciei o processo simplesmente a limpar emails. Afinal tinha (tenho) qualquer coisa como 11.600 mensagens acumuladas na inbox. E encontrei esta, da qual faço copy-paste em baixo, datada de 2004... E ainda estou na dúvida se faça delete, ou não.

A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram. Após o café, a Loucura propôs: Vamos brincar às escondidas?

Escondidas? O que é isso? – perguntou a Curiosidade.
Escondidas é um jogo. Eu conto até 100 e vocês escondem-se. Quando terminar de contar, eu vou à vossa procura, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça. 1, 2, 3... e a Loucura começou a contar. A Pressa foi a primeira a esconder-se num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e escondeu-se perto dele debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam-se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove. CEM! – gritou a Loucura – Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou: – Onde está o Amor? Ninguém o tinha visto. A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou num pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. Era o Amor, gritando por ter o olho furado com um espinho.
A Loucura não sabia o que fazer. Pediu mil desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Loucura acompanha-o sempre. FIM

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quarta-feira, novembro 14, 2012

the pink is always there


E lá deixei eu outra vez o blog ao abandono.
O trocadilho é de meia tijela, mas isto tudo porque andei a dar no cavalo.
No do D. José, claro.

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quinta-feira, novembro 08, 2012

babies, come to mummy

Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!
Não estou em mim! Dia histórico! Julguei que nunca mais chegaria!
Hoje comprei um par de sapatos! Comprei um par de sapatos! Comprei um par de sapatos! :D
Sim, em anos idos, isso seria notícia aqui no estaminé, dia sim, dia não, mas agora a realidade é bem mais triste (maldita crise...). Para que fique registado (sem qualquer orgulho), o último par de sapatos que comprei foi em Maio... de 2011. Quem me viu, quem me vê.
Enfim, estou radiante porque encontrei, sem sequer estar à procura, um parzinho de singelos sapatinhos pretos de que muito precisava para o dia-a-dia, de salto, confortáveis (dá para correr empoleirada neles) e "com a minha cara". Pelo menos foi o que o menino vendedor disse logo. Mas como a marca é dysfunctional, ainda posso vir a questionar-me sobre o parecer dele.
Não interessa, eu estou convencida e sei que os vou usar até me cairem dos pés.
Trá-lá-lá!!! Estou tão feliz!!! (fada com esgar de extâse e plena futilidade estampado na cara)

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quarta-feira, novembro 07, 2012

shaken, not stirred

Estando empoleirada numa varanda no centro do Chiado observei, insuspeitamente a meio de uma tarde cinzenta, um rapaz a sair do restaurante em frente. Era um dos empregados que vejo habitualmente e trazia nas mãos uma bandeja com um enorme copo de cocktail, repleto quase até ao bordo, com o que aparentava ser um muito tentador dry martini.
Com uma concentração admirável e passinhos de gueicha, desceu a calçada e com uma destreza de malabarista conseguiu entrar num prédio, uns metros adiante, sem entornar uma única gota.
Imaginei que alguma menina very fashionable tinha encomendado a bebida enquanto se submetia a uma sessão de pampering num também very fashionable cabeleireiro – exactamente a porta por onde o barman entrou.
O que me deixou espantada foi a rapidez com que voltou a sair, com mesma bandeja e o mesmo copo – mas vazio. Conclui que, das duas uma, ou a rapariga se viu descabelada ao espelho e bebeu o martini de um trago, em desespero. Ou, aquele copo era apenas um refill de muitos outros e que, estando a ser penteada ou não, iria sair descabelada à mesma...
E assim se passa o tempo de fumar um cigarro. 

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segunda-feira, novembro 05, 2012

breathless moments

Ai-ai-ai, ui-ui-ui, lá vai a fada atirar-se novamente de cabeça. 
Também de braços, pernas, optimismo naïve e olhar posto no céu. 
E um friozinho no estômago, tentando ignorar a falta de rede.
Oh well, há-de correr tudo bem, ok? Glup.

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quarta-feira, outubro 31, 2012

spells

Portem-se mal e tenham uma noite muito amaldiçoada.
Parece-me que vou ficar por casa a fazer sopa de abóbora.

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quinta-feira, outubro 25, 2012

malfunction

De repente, o auto-controle revela sinais de falha.
E regressa a tentação de falar por metáforas.
Façam soar o alarme.

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quarta-feira, outubro 24, 2012

chapi chapô

Estávamos no início do Verão e a fada recebeu do seu melhor amigo, um muito honroso e irrecusável convite, para iluminar o espírito e estimular a imaginação.
O desafio era grande, e a responsabilidade enorme. No entanto, infelizmente, as contracurvas do destino pregaram-me muitas rasteiras e não consegui realizar o projecto da forma que desejava. O resultado revela bem isso, e é com grande tristeza e frustração que admito ter feito uma nhónhice a milhas luz de onde queria chegar.
Oh well, no todo resta-me o privilégio de aparecer (mesmo com um chapéu enfiado até ao pescoço), ao lado de tanta gente e amigos com um talento infinito. 

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sexta-feira, outubro 19, 2012

nobody loves me

É triste. Meter a chave à porta, feliz e ansiosa pelo regresso ao doce lar, e não ser recebida de braços (patas) abertos, mas ser remetida a um cruel silence treatment, ignorada e desprezada pela única criatura de quem posso ter a arrogância de esperar sempre, amor, afecto e atenção incondicional. :(
Mas — mais uma vez – não a posso censurar. Durante o último mês mal estive em casa e deixei este tufo de pêlo a quem devo um compromisso para a vida, horas, dias a fio, só e abandonada. Novamente, dói mais a mim do que a ela, mas se não dou o corpinho ao manifesto, quem ganha para comprar ração e biscoitos?...
Vou ter finalmente o luxo de poder gozar um fim-de-semana sem trabalhar (!!!). 
Anda cá Milú Maria! Anda cá à dona, que vais ter direito a 2 dias inteiros de barriga coçada! :D
(e depois mereço pelo menos uma lambidela, não?)  

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quinta-feira, outubro 18, 2012

countdown (slowly)

Estamos a meio de Outubro e cartazes de publicidade ao Natal 
já forram as paredes do metro.
Vejam lá, não se atrasem! Só faltam 67 dias, 04 horas e 45 minutos.

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terça-feira, outubro 16, 2012

p*ttanesca

 
Preciosidade roubada no facebook (ao André):
"A Nigella Lawson chama à puttanesca, slut spaghetti"
Ela lá sabe, e já agora:
Coloca-se azeite extra-virgem numa frigideira. Adiciona-se alho finamente cortado
(às vezes com cebola), peperoncino (um tipo de pimento picante seco) e filetes de anchovas esmagados. Podem também juntar atum e cogumelos, para mais variedade.
Juntam-se os tomates e quando o molho ferver adiccionam-se as alcaparras picadas
e as azeitonas pretas. De seguida procede-se à redução do molho sob fogo forte.
Para terminar pode-se juntar salsa ou manjericão picados.
Algum outro ingrediente secreto, a fada desconhece.

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segunda-feira, outubro 15, 2012

everyday

Ando sem tempo para nada, como é hábito, e sem sequer ser uma prioridade nem drama sério no meio do turbilhão da vida, sinceramente já estou em desespero com os meus frustrantes fios capilares, eternamente mal tratados e desgrenhados.
O espelho revela-me um constante bad hair day ao longo de dias, semanas, meses, décadas...
Que venha o triste inverno para começar a enfiar bóinas pela cabeça abaixo :\

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quarta-feira, outubro 10, 2012

cegueta

Ando cada vez a ficar mais e mais míope, tal toupeira perdida. Infelizmente nem sequer tenho um nariz ultra sensível, à laia de Milú Maria, que permita orientar-me de olhos fechados.
Até relativamente há pouco tempo, tinha uma visão de microscópio e conseguia focar a 5mm das pestanas. Com o passar do tempo, o aumento da distância tem sido galopante e um dia destes nem um braço inteiro esticado chega para conseguir ler "ao perto". É triste.
No ano passado quando, na praia, ler um livro passou a ser um tormento, corri à papelaria mais próxima e comprei um parzinho de óculos descartáveis. Por outras palavras, umas lupas capazes de tornarem o mundo enorme e bem definido. Como felizmente ao longe continuo a ver como se tivesse binóculos, só fico com ar de professora solteirona, sentada com papéis ou o computador à frente.
Por isso apanhei um susto quando me vi ao espelho com as armações penduradas no nariz. Primeiro estranha-se, depois entranha-se e após 5 miradelas mais atentas, até chego à conclusão que mesmo que me torne num Mister Magoo, estou na iminência de ter encontrado o truque mágico que procurei toda a vida: como esconder as olheiras! 
Eventualmente há males que vêm por bem :)
[ou pelo menos encontra-se justificações que nos façam sentir melhor *encolher de ombros*]

quinta-feira, outubro 04, 2012

bright as the sun

E fez-se luz outra vez! :D

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quarta-feira, outubro 03, 2012

às apalpadelas

As minhas últimas noites foram vividas num ambiente extremamente romântico. Imaginem a casa revestida com mil e uma velas e cada divisão desenhada a lânguidas chaminhas bruxuleantes. Muito cozy, indeed. Faltaram algumas doces palavras sussurradas ao ouvido mas tenho a certeza que a Milú as proferiu mentalmente. Pelo menos recebi umas quantas lambidelas nas pontas dos dedos.
Dada a actual conjuntura (miséria financeira), admito que não foi a primeira vez que encontrei o lar imerso em escuridão por descuido meu e obra dos implacáveis senhores da edp, que a cada 2 meses emitem facturas com valores dignos de jantares diários à base de lagosta e Veuve Clicquot.
No entanto, desta vez não liquidei a conta, simplesmente porque não a recebi. Vá-se lá saber porquê, as campainhas do prédio deixaram de funcionar há já umas quantas semanas, e mesmo que o carteiro toque sempre duas vezes, ao que parece não consegue entrar e entregar as missivas. Curiosamente, o senhor da edp entrou e feliz da vida, cortou-me a luz. Lucky him.
Já paguei a dívida, mas aparentemente qualquer outro senhor da edp (ou vários) não conseguiram entrar para restabelecerem a energia. Not so lucky me.
Sinistramente à laia de profecia, na véspera do corte assisti à estreia deste apagão. Ainda dizem que não existem coincidências... está bem.
Não sei quando é que o meu reino voltará a estar iluminado (e já lá vão 3 dias...), dado que não me posso transformar numa Carochinha, e passar os santos dias à janela à espera de um João Ratão, com um fusível na mão.
Nota mental — próximo item a acrescentar à caixa de primeiros socorros cá de casa: um Petromax!

[post escrito através de computador e contrato energético alheio, que nem a pilhas isto lá vai]

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segunda-feira, outubro 01, 2012

adaptemo-nos

Sugiro, se a vida é um molho de brócolos, ao menos que seja com estilo.

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