quarta-feira, outubro 03, 2012

às apalpadelas

As minhas últimas noites foram vividas num ambiente extremamente romântico. Imaginem a casa revestida com mil e uma velas e cada divisão desenhada a lânguidas chaminhas bruxuleantes. Muito cozy, indeed. Faltaram algumas doces palavras sussurradas ao ouvido mas tenho a certeza que a Milú as proferiu mentalmente. Pelo menos recebi umas quantas lambidelas nas pontas dos dedos.
Dada a actual conjuntura (miséria financeira), admito que não foi a primeira vez que encontrei o lar imerso em escuridão por descuido meu e obra dos implacáveis senhores da edp, que a cada 2 meses emitem facturas com valores dignos de jantares diários à base de lagosta e Veuve Clicquot.
No entanto, desta vez não liquidei a conta, simplesmente porque não a recebi. Vá-se lá saber porquê, as campainhas do prédio deixaram de funcionar há já umas quantas semanas, e mesmo que o carteiro toque sempre duas vezes, ao que parece não consegue entrar e entregar as missivas. Curiosamente, o senhor da edp entrou e feliz da vida, cortou-me a luz. Lucky him.
Já paguei a dívida, mas aparentemente qualquer outro senhor da edp (ou vários) não conseguiram entrar para restabelecerem a energia. Not so lucky me.
Sinistramente à laia de profecia, na véspera do corte assisti à estreia deste apagão. Ainda dizem que não existem coincidências... está bem.
Não sei quando é que o meu reino voltará a estar iluminado (e já lá vão 3 dias...), dado que não me posso transformar numa Carochinha, e passar os santos dias à janela à espera de um João Ratão, com um fusível na mão.
Nota mental — próximo item a acrescentar à caixa de primeiros socorros cá de casa: um Petromax!

[post escrito através de computador e contrato energético alheio, que nem a pilhas isto lá vai]

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