domingo, março 09, 2014

the not so fluffy life

 Decorrido um mês, encontro-me no mesmo estado de urdideira, completamente enrolada em novelos e em sério risco de criar borboto nos neurónios.
As malhas continuam a ser tecidas e em breve começarão a ver a luz do dia. 
Espero que eu também.

E claro, não sou a única a ressentir-me das trabalheiras. A Milú que confirme.

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domingo, fevereiro 02, 2014

meias e ligas


Quando toda a energia do no sense é canalizada para outros caminhos, pouco resta para estas pobres paredes. E o tempo passa... sem que nada de muito estrepitoso ou dramático tenha ocorrido, tirando o pequeno episódio em que a Milú engoliu por completo o tubo do meu creme para as rugas. Quem ficou claramente a perder fui eu, e depois de ter passado umas horas na dúvida se a deveria levar de charanga ao hospital para uma lavagem ao estômago, a rapariga teve apenas um leve agonio na manhã seguinte e, claro, ficou com as tripas muito sedosas. As minhas bochechas já não podem dizer o mesmo e devo ter ganho mais 3 vincos na testa, só da irritação >:(
E assim cá estamos, também enroladas num emaranhado de fios e agulhas que será o cenário diário durante os próximos meses. Há coisas mais enfadonhas e como a vidinha se escreve por linhas esticadinhas ou tortas, muitos pontos e algumas malhas caídas, tudo aparenta uma perfeita normalidade, hum. Como bónus, ando a descobrir que as fontes para inspiração são infinitas :)))

E para quem não partilhar do amor por canídeos, que tal um tatu?

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quarta-feira, novembro 27, 2013

eu tenho 2 terrores...


...que em tudo são iguais....
...mas não tenho a certeza, qual detesto mais...

A sério, tenho 2 clientes que parecem ser copiados a papel químico no que, à demência, irracionalidade e falta de visão pragmática, diz respeito.
Pespegaram-me nas mãos 2 projectos: colados com cuspo, ao sabor do vento, do improviso, da incompetência e acima de tudo, do capricho alienado destes senhores. O primeiro (que devia estar internado e proibido de qualquer contacto com o mundo exterior) quer uma mega fotobiografia de uma sumidade parda nacional (400 páginazitas dela, assim, só para abrir o apetite), pronta numa semana (!), pois claro, porque acordou agora para a vida e precisa dela como prenda de Natal prós amigos e famelga... 
Conteúdos, zero! Previsão de entrega, nem vê-la ou sistematicamente furada! Cronogramas com gráficas, tarefa impossível, porque nem sabe do que fala! Discussões, em barda! E é uma sorte eu ter coração mole e estomâgo rijo! E depois de ter perdido muito do meu tempo e da minha paciência com esta gente que vive no planeta "eu exigo e tu fazes sem piar, só porque sim", resta roer as unhas, engolir sapos, bater com a cabeça na parede e, na verdade, suspirar de alívio.
Ainda não percebi se a coisa afinal vai para a frente (um dia... quiçá), ou não. Aqui entre nós: se avançar não será comigo, mesmo que isso represente um rombo muito violento no orçamento. Quero preservar alguma sanidade mental, acima de tudo.
O outro cliente... mesmo sendo um amigo com quem tenho a confiança de dar berros e murros na mesa, também é tão volátil como álcool etílico e faz-me a cabeça em água. Tinha que fazer um catálogo (só umas 64 páginas, coisa pouca, valha-nos isso) nuns meros 3 dias, fim-de-semana incluído. Ok... let's do it, mesmo faltando ainda algum material. Afinal não, decidiu que não se fazia catálogo e lá vai água, que é como quem diz: horas de trabalho para o lixo.
Mas esperem, deixem o rapaz dormir sobre o assunto, e afinal – surpresa – já há catálogo outra vez! E, oba-oba, para amanhã (literal!).
O retrato do pesadelo. Mas isto é vida para alguém? Como aguenta uma fada, mesmo se andasse a emborcar pastilhinhas para os nervos?
E ainda falta o trabalho "corrente" que não posso falhar. Nada mais, nada menos do que, 880 páginas de ensaios académicos sobre c-a-s-t-e-l-o-s! (em algum momento da vida, tenho a certeza de que fui eu quem suspirou por isto...). Não sendo um cliente directo, ao menos este não é (tão) neurótico e, num momento de lucidez, até concedeu a abébia de uma extensão de 15 dias para o prazo de entrega desta epopeia hercúlea. Ufa! está quase.
Se, porventura conhecerem alguém, inteligente, fôfinho, organizado e capaz de ouvir um comentário/ parecer/ dúvida/ facto/ durante 30 segundos seguidos, e precise de uns dézines gráficos honestos, digam-lhe para vir bater a esta porta, que de outra forma estou a dois passos da loucura.
E a vida podia ser tão maravilhosamente simples. 
(Porquê, Zeus? Porquê?)

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segunda-feira, fevereiro 18, 2013

pop-up

 
Ai, nem sequer para badalar o meu próprio trabalho consigo ser expedita.
O número de Fevereiro da revista UP já anda aí pelos ares desde o início do mês, e pelo menos 3 pessoas já me disseram que a apanharam a bordo de um qualquer vôo da TAP. Amigos viajados, hein? inveja...
É a quarta capa que faço para esta publicação e f-i-n-a-l-m-e-n-t-e saiu-me na rifa uma modelo fantástica, não que isso interferisse em nada da minha parte mas, ainda assim, merece menção. Todas as anteriores – lindas de morrer, fica a ressalva –, com carinhas de bonequinhas de porcelana e corpinhos que não queremos acreditar que existem, não passavam de desesperantes múmias paralíticas.
Esta não, uma pimpolha de 16 anos (d-e-z-a-s-s-e-i-s! isso: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16) deu uma lição de profissionalismo as muitas starlets que por aí andam. De uma simpatia e doçura contagiantes, comunicou e brincou com o fotógrafo e com as lentes da máquina com um à vontade grandioso. Um mimo, mesmo.
Et moi, fiz este livro pop-up (mentira... estava todo coladinho) em tempo record, o que me valeu duros calos nos dedos e terríveis dores musculares na mãozinha direita, à conta de horas e horas a manipular tesouras e x-actos.
Novamente, foi um trabalho que me deu um imenso prazer (bricolage! my middle name) e só tenho pena, como sempre, de não ter tido mais tempo para transformar a peça numa renda de bilros.

 
Parece um bolo de noiva, né? :)
Um bocadinho do making-of aqui.

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segunda-feira, novembro 19, 2012

arrancar olhinhos

Relaxante...

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quarta-feira, novembro 14, 2012

the pink is always there


E lá deixei eu outra vez o blog ao abandono.
O trocadilho é de meia tijela, mas isto tudo porque andei a dar no cavalo.
No do D. José, claro.

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segunda-feira, novembro 05, 2012

breathless moments

Ai-ai-ai, ui-ui-ui, lá vai a fada atirar-se novamente de cabeça. 
Também de braços, pernas, optimismo naïve e olhar posto no céu. 
E um friozinho no estômago, tentando ignorar a falta de rede.
Oh well, há-de correr tudo bem, ok? Glup.

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quarta-feira, outubro 24, 2012

chapi chapô

Estávamos no início do Verão e a fada recebeu do seu melhor amigo, um muito honroso e irrecusável convite, para iluminar o espírito e estimular a imaginação.
O desafio era grande, e a responsabilidade enorme. No entanto, infelizmente, as contracurvas do destino pregaram-me muitas rasteiras e não consegui realizar o projecto da forma que desejava. O resultado revela bem isso, e é com grande tristeza e frustração que admito ter feito uma nhónhice a milhas luz de onde queria chegar.
Oh well, no todo resta-me o privilégio de aparecer (mesmo com um chapéu enfiado até ao pescoço), ao lado de tanta gente e amigos com um talento infinito. 

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quarta-feira, julho 18, 2012

let's do it!



Ando, desde ontem, a tentar mudar de vida (ah-ah-ah-ah-ah-ah! ok...).
Bom... pelo menos vou tentar arregaçar as mangas e "mudar de ramo", que os tempos são de crise aguda. Para já, estou em "acções de formação" com um excelente "professor" e acompanhada por uma muito querida "sócia".
Desejem-me boa sorte! Bye-bye, que já estou atrasada para a lição #2!

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segunda-feira, julho 16, 2012

araras



Feira de Vaidades 2:
Este número da revista UP ainda anda por aí, para quem viajar em vôos da TAP durante o mês de Julho.
Desta vez não houve vestidinhos, mas a fada foi atacada por uma gripe das aves (a pobre Milú também, de tal forma que andou com penas coladas no nariz durante uns dias), para construir esta asinha de arara.
Ou qualquer outra ave do paraíso... dada a intensão ter passado por uma recriação realista e naturalista, o trabalho saldou-se basicamente na montagem de muuuuuuuitas peninhas.
E acreditem, a asa era grandinha, a capa é que é pequenina ;)
Aqui fica um bocadinho do making-of.

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terça-feira, junho 26, 2012

home-made Dior



Feira de Vaidades:
Uma das vantagens de ter ficado tanto tempo fora da bloglândia é o facto de ter acumulado algumas aventuras de reserva, para serem contadas em dias de menor inspiração (hoje?).
E esta já tem um ano.
Regressamos aos tempos em que nesta casa os assuntos da ordem do dia geralmente versavam bolos, sapatos (ai, os sapatos!!!) e trapos!
A fada pegou novamente nos alfinetes, agulhas e dedos picados, para improvisar um vestidinho haute couture (inspirado na verdejante Croácia, beijada pelas águas do Adriático), para a capa da mui ilustre UP in-flight magazine.


E como tudo começou na base. Só o saiote/petticoat levou uns módicos 36 metros de tule. Não parece, mas é verdade... Com 3 metros de largura cada, fazendo as contas, dá qualquer coisa como 108 metros quadrados.
O suficiente para montar uma tenda de circo no Rossio...


Pré-montagem do jardim na saia, antes de cada folhinha ser cosida, à mão, claro.


O corpete foi cortado quase a olhómetro (que isto é tudo adereço, fake, fake), montado com alfinetes e meia-dúzia de alinhavos, antes de ir directamente para a máquina de costura.


A pobre menina modelo (piriri a dar-me pelo ombro, mas cujo book referia ter 1,70m de altura...), sofreu horrores empoleirada em cima de uns saltos impraticáveis e pilhas e pilhas de revistas (para "crescer"). A segurar um regador e uma tesoura de poda durante horas, acabou algo murcha... e não a censuro.
Definitivamente, foi um dos trabalhos mais divertidos que fiz :)

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