quarta-feira, janeiro 30, 2013

self-bite

Numa destas manhãs acabou-se-me o gel de banho. 
De regresso a casa, já tarde, entrei num supermercado chinês (têm o meu eterno apreço pelos magníficos horários que praticam, 365 dias por ano...), e percorri longamente as prateleiras dos productos de higiene pessoal. A oferta de artigos para o banho era imensa e, devo dizer, todos de marcas desconhecidas. Hesitante, demorei eternidades até me decidir por um. Tal como faço sempre com quase tudo o resto (lava-chão, detergente da roupa, sabonete líquido, etc, etc, etc), desenrosquei mil tampinhas e cheirei todos os líquidos. Finalmente encontrei um extremamente apetitoso e dei por encerrada a sessão de compras.
Na manhã seguinte, já no chuveiro, a coisa começou mal. Para fazer o gel sair tive de agitar e espremer a embalagem como se fosse um frasco de Heinz Ketchup. E de repente: pop! O gel saltou.
Fiquei a olhar para a minha mão e por momentos pensei que afinal tinha comprado um boião de compota de morango ou framboesa. A cor, espessura e textura são idênticas. Provavelmente o sabor também...
Dado o rótulo estar escrito na língua de um qualquer país 37 graus a sudoeste do Cazaquistão, não consigo apurar com grande rigor os ingredientes. Não imagino sequer se a médio prazo esta geleia me vai fazer cair a pele ou provocar um ataque de urticária. 
A nível de efeitos a curto prazo, no entanto, já deixou algumas marcas de dentadas nos meus braços. Não se preocupem, a Milú está inocente. 
São apenas o resultado de actos de self-indulgence, leia-se: foram auto-infligidas.

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