sexta-feira, agosto 31, 2012

by the light of the silvery moon

Segundo uma amiga no facebook, a Lua Cheia de hoje é a segunda a ocorrer no mesmo mês, um acontecimento raro que só se repetirá em 31 de Julho de 2015.
O significado ou influência de tal fenómeno passa-me ao lado.
Mas no enquadramento do evento, esta noite irei para uma aldeia deserta,
percorrer bosques e riachos. Numa caçada.
Não estarei sozinha, mas se a coisa correr mal, acabo comida. Por um lobisomem.
No kidding!

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quinta-feira, agosto 30, 2012

creamy heaven

Isto sim! São fairy cakes!

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quarta-feira, agosto 29, 2012

the sky is the limit

Finalmente aconteceu aquilo pelo qual sonhava há anos: o nascimento do Império Fairy Cakes!
Joking, mas fui completamente surpreendida quando recebi a minha primeira "encomenda oficial" para criar, confeccionar e vender um bolo!
Claro que já fiz bolecos a pedido de amigos, mas desta vez é business com uma amiga, de uma amiga, de um amigo, resumindo, uma cliente anónima.
Ainda não aceitei o pedido, tal o friozinho no estômago de encetar tamanha façanha, e o que mais me preocupa é o tema específico que foi solicitado: ossos...
Hum, pois, ossos dentro de determinado contexto e garanto que nada tem de macabro, referências ao Halloween ou tendências escatológicas. Mas ainda assim, um universo algo remoto do que me é habitual, e por isso encetei uma busca na net para procurar ideias e inspiração.
Desisti. O máximo que consegui foi ter ataques de riso ou naúseas.
O mundo de weird cakes é infinito e na maior parte dos exemplos assustador
Estou tramada.

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sábado, agosto 25, 2012

deep hole



Francamente não sei como consegui sobreviver a esta última semana.
A tentação de bater com a cabeça repetidamente nas paredes, provocando todo o tipo de buracos foi permanente, diria obsessiva, como fuga à realidade. E a procissão ainda vai no adro.
Um dia, sempre um dia, outros dias — melhores — virão. E hoje é sábado e milagrosamente consigo respirar, tadam!
Um excelente fim-de-semana :)

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terça-feira, agosto 21, 2012

smudged

As minhas pestanas pediram e fiz-lhes a vontade.
Comprei um novo rímel para as tornar vaidosas.
Contudo, descobri que a qualidade do mesmo deixa muito a desejar.
Um risco nada recomendável para estes dias, devo dizer.

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segunda-feira, agosto 20, 2012

agosto sem gosto

E assim se vai passando o Verão.
A remar na mesa e a surfar no sofá.

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sábado, agosto 18, 2012

dressing fairyland

Exercício do dia: dedicar-me exclusivamente a fait divers da futilidade.
Recentemente descobri através da Miss Kitty, menina, vizinha e amiga de muito bom gosto, um novo universo de perdição: Modcloth.
Estes são apenas alguns exemplos que poderiam vir imediatamente para o meu roupeirinho. Mas as opções são infinitas e quase todas deliciosamente desejáveis.
*****suspiro*****
Deliciosos são igualmente os nomes com que cada modelo foi baptizado, provocando um impulso para comprar mesmo de olhos fechados: The Cosmonaut Dress, Encircled in Sweetness Dress, Master of my Fête Dress, Tomato with Love Dress, Every Dot of You Dress, Watch Sparkles Fly Dress, and so on, and on...

Ainda só me dediquei à secção dos vestidinhos, falta tudo o resto.
Bye-bye que vou continuar a anestesiar o cérebro e a babar.

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quinta-feira, agosto 16, 2012

on the edge

Já não há cor-de-rosa que me valha.
Sete horas numa urgência de hospital. Capítulo #8547 de uma telenovela de terror.
Três senhoras alinhadas em macas. Almerinda Belo, Joaquina Alegria e Julieta Anjos.
Com algo Belo, um pouco de Alegria e a ajuda dos Anjos,
pode ser que alguma coisa melhore.


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terça-feira, agosto 14, 2012

moving sands


Por aqui encontramo-nos assim, enterradinhas até ao pescoço.
Tomara nós que fosse em areia.

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segunda-feira, agosto 13, 2012

over my dead body

Durante um jantar, um amigo — definitivamente aquele que melhor me conhece ao microscópio, incluindo todos os gostos, taras e manias —, no meio de empolgada conversa comenta levianamente que o meu colar era "assim, estilo freak".
Freak? Frik?? FRIQUE???
I completely freaked out!!!
De arremesso, numa cagagésima milionésima fracção de segundo, arranquei a bugiganga do pescoço, e só não lhe atirei com o bife argentino à cara, porque estava com demasiada fome!
Freak, EU! Olha-me o impropério! Está para nascer o dia, grunft >:|


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domingo, agosto 12, 2012

é domingo


"Cleaning with your dog in the house, is like brushing your teeth while eating Oreos."

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sexta-feira, agosto 10, 2012

just an illusion


O trocadilho é fácil, mas não deixa de ser o que mais desejo.
Tirem-me os pés do chão.
Não me tirem o chão dos pés.

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quinta-feira, agosto 09, 2012

puppy love

Vai uma fada jantar a casa de uma vizinha — desta vez uma literal — reside a três passos de distância. Entra na sala e o olhar é direccionado, tipo radar, para uma imensa parede repleta de souvenirs. Imediatamente fixa-se em algo especial, e com o dedo esticado e um brilhozinho nos olhos, guincha:
— Olha! Um puppy Fox Terrier vintage!!! Aaaaahhhhhh... ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
O alvo apontado é o postal acima reproduzido.
E a amiga, uma querida, numa questão de segundos arranca o pionés e passa-lhe a fotografia para as mãos.
— Ofereço-te!
Emocionada, é com muito orgulho que publico a digitalização da prendinha, enquanto o original está aqui pendurado bem à frente do meu nariz.
Dualidades e duplicidades. Do real e do virtual. Assim é que é bom!


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quarta-feira, agosto 08, 2012

existo! algures...


Há poucos dias entre garfadas, uma querida amiga dizia-me com ar desesperado:

Não aguento mais! A ansiedade, o nervosismo, a expectativa. Esta absoluta e absurda dependência que temos das "tecnologias de comunicação", está a deixar-me doida! Pus o computador a um canto e desliguei-o, quanto ao telemóvel, agarrei nele e levei-o para casa da minha mãe. Pousei-o e saí!
Pois... como te percebo — sussurrei debilmente, abanando a cabeça.

Ora cá está outra estrepitosa ironia da vida.
Recentemente embarquei numa nova aventura "profissional", um trabalho chatinho de formiguinha, mas que até tem muitas vantagens, verdade seja dita.
Para além de muitos telefonemas e sms's, a tarefa resume-se essencialmente a um processo quase contínuo de escrever mails, mails, mails, mails e mais mails, chats, chats, chats, chats e mais chats, consultar sites, sites, sites, sites, sites e mais sites, e voltar a escrever mails, mails, mails, mails e mais mails de resposta aos mails
anteriores.
E isto t-o-d-o-s os dias e a q-u-a-l-q-u-e-r hora.
Não, não estou a vender sabonetes no ebay, nem em campanhas de spam ou da banha-da-cobra, nem a gerir cotações da bolsa. Enfim, para ser sincera até nem desgosto desta ocupação.
O problema resume-se ao que a minha amiga se referia: a dependência extrema.
Para agravar o que já era grave, constato que me enrolei numa bola de neve, com outra bola — de chumbo — presa ao tornozelo.
Em pouco mais de 2 semanas, o meu desejo
deixou de ser (assim que acumular umas parcas economias), ir a correr comprar 5 pares de sapatinhos e 7 vestidinhos. Agora só sonho com um portátil, um ipad ou um iphone. Ou melhor ainda, uma antena de atarrachar à cabeça para, a qualquer momento e em qualquer lugar (inclusivé debaixo de água), estar em permanente ligação à internet.
Mesmo sem grandes alternativas, é triste e cansativo, muito. Preferia falar de viva voz com as pessoas, tentando um discurso articulado, ou na falta dele, engasgar-me a rir, com soluços, pausas de respiração e enganos de dislexia a fazer as vezes dos erros ortográficos. E olhar nos olhos, claro, esticar um dedo e provocar cócegas. Preferia ir ao cinema em vez de fazer downloads piratas. Preferia viajar em vez de olhar para as fotografias das férias dos outros, no facebook. Preferia sentar-me numa esplanada e ter o mar à frente, em vez do sreensaver do monitor. No mínimo, preferia escrever um postal, ou mensagens especiais, numa folha de papel e lamber o selo a colar no envelope.
Sabendo que nunca lidei particularmente bem com o real, confesso, estou em risco de me tornar totalmente virtual.
Sinto-me em processo de desmaterialização, a transformar-me em pixéis e algoritmos.
Mesmo com nódoas negras, tragam a minha carne e os meus ossos de volta!
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Muito bem, a humana tresloucada falou. Agora com licença, que aqui a fada tem de publicar esta prosa, actualizar links, visitar vizinhos, enviar comentários e começar o draft do post de amanhã. Este blog não cresce nas árvores, sabiam!?

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Hum. Sim, sim, sem dúvida que a realidade virtual tem coisas maravilhosas! Em paralelo com outras tão frustrantes como window shopping.

nota
Há uns meses, um amigo enviou-me por email a imagem que serve de ilustração a este post. Há uns dias estive a ver o filme
Peyton Place (1957) — uma das muitas piratarias que tenho de reserva —, e impressionada com a beleza de uma das actrizes
(Hope Lange) não resisti em googlá-la.
Da forma mais insuspeita descobri que é a menina retratada na imagem.
Small world, hein
? Cá está uma VVV: Virtude da Vida Virtual. :)


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terça-feira, agosto 07, 2012

Dr. Strangelove

Na passada semana participei na reunião (ou rrunião como tanta gente iluminada insiste em proferir), mais absurda, exasperante e inútil de toda a minha vida, e já foram muitas a concorrer ao título. E esta mania de chamar rruniões a qualquer encontro mal engendrado, também tem muito que se lhe diga. Mas adiante.
Lá fui ao encontro de determinada senhora (com um QI sobre o qual me escusarei de tecer comentários) e de repente, vindos não sei de onde — e muito menos sem saber com que propósito — deparo-me com outros quatro "doutores", profundamente imersos em considerações, dúvidas e pareceres de extrema pertinência e perspicácia (not!).
Monty Phyton are back to town!!!
Quer queira, quer não, tenho vindo a aprender a lição da forma mais dura (acreditem, oh-oh!) e ali me mantive, de sorriso diplomático nos lábios, acenando gentilmente com a cabeça e tomando notas — fictícias e ilegíveis — no meu douto bloco de apontamentos.
"Mantêm-te caladinha, fada — é para o teu bem — não debites uma palavra, sorri, respira fundo, diz que sim, concorda em absoluto, está tudo bem, não há-de ser nada. O cliente tem sempre razão. O cliente tem sempre razão. O cliente tem sempre razão...", e numa experiência quase extra corpórea, não parei de repetir o mantra.
O que dói e mói é que um "problema" (ah-ah-ah-ah!) que poderia ter sido resolvido num simples telefonema de 2 minutos (ex: querido, queres carne ou peixe pró jantar?), acabou por consumir aos presentes mais de 1 hora e 30 minutos, a patinar no mais profundo nonsense. Mas todos sairam, certamente, com a certeza de um trabalho executado com diligência, extremamente bem desempenhado e meticulosamente concertado, resultado de um dia de empenho assaz produtivo!
Quando consegui fugir, a única coisa que me ocorreu, além de um profundo suspiro de alívio, foi a anedota: "quantos portugueses são necessários para trocar uma lâmpada?" (de certeza fundida).
Mas é imperioso que me auto convença de que a natureza deste mega projecto* complexo e ambicioso, valeu todo o esforço e mais algum.
O problema continua a ser só, e apenas, meu. Resta manter a esperança de que um dia terei uma epifania e verei a luz.
Afinal, I'm still learning, you see... to stop worrying and love the bomb.

* aplicação de autocolantes em superfícies brancas uniformes, vulgo, paredes (pura física nuclear, terão de concordar)

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segunda-feira, agosto 06, 2012

a milhas

Nesta época do ano, ganhasse a fada 3 tostões por cada informação prestada a turistas e já estaria rica.
Ao passear a Milú Maria lá fui abordada pela cagararararanésima vez, por criaturas de olhar errante e mapa na mão.
Desta vez calhou-me na rifa duas dondocas desarticuladas que debitavam um espanhol muito, muito, muito, encaracolado. Supus que talvez fossem das Américas do Sul.
Com olhares de bambi indagaram sobre qual a direcção para Belém. Apesar da grande dificuldade em perceberem o meu portuganhol, lá tentei explicar que, a partir deste local da cidade o destino não era facilmente acessível, assim a um virar da esquina.
De testa franzida e beicinho nos lábios rosa choque, perguntaram então — como alternativa — se para Palmela e Fátima deveriam virar à esquerda ou à direita...
Com uma palmadinha nas costas, lá as encaminhei rumo ao Castelo. Que subissem às ameias, olhassem 360º em redor e descobrissem por elas próprias.
Santa silly paciência.

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sábado, agosto 04, 2012

together in electric dreams


De novo, down memory lane.
Faz hoje exactamente um ano que atravessei o Algarve de sotavento a barlavento, num estado de excitação e antecipação digno de nota. Estava prestes a realizar um sonho que me vinha da pré-adolescência: ver ao vivo os The Human League.
Aterrei na Praia da Rocha em frente a um palco montado no meio do areal. E durante quase duas mágicas horas, fui a pura encarnação de uma groupie totalmente histérica e em delírio, colada às grades da primeira fila, a dançar, a pular, a esbracejar, a berrar, a cantar de cor cada palavrinha da letra das canções. Foi uma emoção. Mesmo!
Por coincidência encontrei um querido amigo lisboeta, fã acérrimo e ele próprio pertencente a uma banda com o perfil perfeito para uma primeira parte dos nossos ídolos. Um dia, um dia, quem sabe... marquem a dica com um post-hit.
No final do genial concerto ainda tive o bónus de ir aos bastidores, cumprimentar pessoalmente Phil Oakey :))) e os restantes músicos e, para completar as formalidades inerentes ao protocolo, até autógrafos trouxe.
Aaaaaaaaaah... é tão bom ser (mesmo já não sendo) teenager!

(até o melhor dos 80's pode ser muito mau mas ainda assim, é muito bom, eheheh)

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quinta-feira, agosto 02, 2012

recordações douradas

E assim estavamos. Há exactamente um ano. Para trás tinham ficado provavelmente os dias mais duros da minha vida e uma exaustão física e emocional que ultrapassou todos os limites. Mas bastou chegar ao paraíso para tudo se dissipar, como que por artes mágicas.
Os dias que se seguiram foram de puro bliss, e seguramente não fui a única a usufruir desse bem-estar.
Para reviver certos momentos até rifava a minha alminha ao diabo.


E cada um testa a temperatura da água à sua maneira :)

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