Dr. Strangelove
Na passada semana participei na reunião (ou rrunião como tanta gente iluminada insiste em proferir), mais absurda, exasperante e inútil de toda a minha vida, e já foram muitas a concorrer ao título. E esta mania de chamar rruniões a qualquer encontro mal engendrado, também tem muito que se lhe diga. Mas adiante.
Lá fui ao encontro de determinada senhora (com um QI sobre o qual me escusarei de tecer comentários) e de repente, vindos não sei de onde — e muito menos sem saber com que propósito — deparo-me com outros quatro "doutores", profundamente imersos em considerações, dúvidas e pareceres de extrema pertinência e perspicácia (not!).
Monty Phyton are back to town!!!
Quer queira, quer não, tenho vindo a aprender a lição da forma mais dura (acreditem, oh-oh!) e ali me mantive, de sorriso diplomático nos lábios, acenando gentilmente com a cabeça e tomando notas — fictícias e ilegíveis — no meu douto bloco de apontamentos.
"Mantêm-te caladinha, fada — é para o teu bem — não debites uma palavra, sorri, respira fundo, diz que sim, concorda em absoluto, está tudo bem, não há-de ser nada. O cliente tem sempre razão. O cliente tem sempre razão. O cliente tem sempre razão...", e numa experiência quase extra corpórea, não parei de repetir o mantra.
O que dói e mói é que um "problema" (ah-ah-ah-ah!) que poderia ter sido resolvido num simples telefonema de 2 minutos (ex: querido, queres carne ou peixe pró jantar?), acabou por consumir aos presentes mais de 1 hora e 30 minutos, a patinar no mais profundo nonsense. Mas todos sairam, certamente, com a certeza de um trabalho executado com diligência, extremamente bem desempenhado e meticulosamente concertado, resultado de um dia de empenho assaz produtivo!
Quando consegui fugir, a única coisa que me ocorreu, além de um profundo suspiro de alívio, foi a anedota: "quantos portugueses são necessários para trocar uma lâmpada?" (de certeza fundida).
Mas é imperioso que me auto convença de que a natureza deste mega projecto* complexo e ambicioso, valeu todo o esforço e mais algum.
O problema continua a ser só, e apenas, meu. Resta manter a esperança de que um dia terei uma epifania e verei a luz.
Afinal, I'm still learning, you see... to stop worrying and love the bomb.
Lá fui ao encontro de determinada senhora (com um QI sobre o qual me escusarei de tecer comentários) e de repente, vindos não sei de onde — e muito menos sem saber com que propósito — deparo-me com outros quatro "doutores", profundamente imersos em considerações, dúvidas e pareceres de extrema pertinência e perspicácia (not!).
Monty Phyton are back to town!!!
Quer queira, quer não, tenho vindo a aprender a lição da forma mais dura (acreditem, oh-oh!) e ali me mantive, de sorriso diplomático nos lábios, acenando gentilmente com a cabeça e tomando notas — fictícias e ilegíveis — no meu douto bloco de apontamentos.
"Mantêm-te caladinha, fada — é para o teu bem — não debites uma palavra, sorri, respira fundo, diz que sim, concorda em absoluto, está tudo bem, não há-de ser nada. O cliente tem sempre razão. O cliente tem sempre razão. O cliente tem sempre razão...", e numa experiência quase extra corpórea, não parei de repetir o mantra.
O que dói e mói é que um "problema" (ah-ah-ah-ah!) que poderia ter sido resolvido num simples telefonema de 2 minutos (ex: querido, queres carne ou peixe pró jantar?), acabou por consumir aos presentes mais de 1 hora e 30 minutos, a patinar no mais profundo nonsense. Mas todos sairam, certamente, com a certeza de um trabalho executado com diligência, extremamente bem desempenhado e meticulosamente concertado, resultado de um dia de empenho assaz produtivo!
Quando consegui fugir, a única coisa que me ocorreu, além de um profundo suspiro de alívio, foi a anedota: "quantos portugueses são necessários para trocar uma lâmpada?" (de certeza fundida).
Mas é imperioso que me auto convença de que a natureza deste mega projecto* complexo e ambicioso, valeu todo o esforço e mais algum.
O problema continua a ser só, e apenas, meu. Resta manter a esperança de que um dia terei uma epifania e verei a luz.
Afinal, I'm still learning, you see... to stop worrying and love the bomb.
* aplicação de autocolantes em superfícies brancas uniformes, vulgo, paredes (pura física nuclear, terão de concordar)
Etiquetas: fairy diary
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