© gettyimagesGrunft... estava a fadinha, de toalha enrolada acabada de sair do banho, quando o telefone tocou. Era a vizinha da fente, a minha favorita, um doce de senhora no alto dos seus 94 anos.
Ligou “a procurar” se eu estava bem, mais concretamente, se eu estava viva... “porque para se morrer não é preciso ser velho...”, até já aconteceu aqui na rua “uma vizinha esticou o pernil e só deram conta quando o cão latiu dias a fio intoxicado com o cheiro”. Portanto a partir de agora, sempre que eu desaparecer do mapa “faça o favor de avisar!!!”.
Todo este nervosismo, simplesmente porque estive 5 dias com as janelas fechadas (os dias da minha viagem). A preocupação até foi transmitida à vizinha de cima que veio 2 vezes tocar à porta e questionar a minha empregada sobre o meu paradeiro (acabei mesmo agora de descobrir...).
As minhas ausências frequentes sempre causaram alguma perturbação mas agora a confiança está a ultrapassar a minha boa-vontade e complacência. No verão é normal entrarem em pânico se deixo alguma janela aberta e imaginam mil e um ladrões em festa cá em casa – uma delas vivia em stress com a fobia de que podiam atirar beatas acesas para dentro do meu quarto (no comments) e etc, etc etc.
Uma hora mais tarde, com o ouvido ainda a zunir e completamente enregelada com a toalha húmida, tento convencer-me que é tudo com boa intenção, porque pelo menos da vizinha quase centenária eu sei que é, mas... da próxima vez que viajar vou deixar uma luz acesa à janela. %-[
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