um susto por dia, envelhece e dá azia
Isto não anda fácil. Apesar do silêncio, as aventuras dos últimos dias dariam para forrar este blog com uma densa telenovela trágico-cómica. O absurdo instalou-se de vez cá em casa *suspiro*
E hoje, mais um petit rien a acrescentar ao enredo empolgante e à certeza de que o número de neurónios no meu doce cerebrozinho em muito se aproxima ao de uma galinha.
No momento de sair para passear a Milú debati-me (mais do que habitual) com a histeria dela no instante de ver a trela e tentar transpôr a porta de casa. Roeu-me os caniços, os joelhos, os cotovelos, guinchou como uma porca, pulou como uma pulga, puxou como uma mula. Também como habitualmente, no momento em que chegámos à rua já estavamos ambas a arfar.
Regressadas do passeio, deparei-me com a porta do prédio encostada (estes vizinhos com rabo grande, caramba) e, vejam lá a coincidência, no momento de entrar em casa também encontrei a porta encostada... Giro.
Não perdendo o sangue frio (cof-cof), mandei a fera à frente para inspeccionar o território. Não houve reacções, ufa! (com algumas ressalvas dado que a bicha é facilmente subornável com um biscoito). Ainda assim, esgueirei-me para a cozinha e armada em movie star valentona, peguei no maior facalhão disponível. Com ele em riste, avancei pelo corredor:
••• inserir música do Psico, sff •••
Debaixo da cama – all clear
Por detrás da cortina do duche (aumentar o volume) – all clear
Dentro do roupeiro – all clear
Por cima do lustre – all clear
Por cima do lustre – all clear
A única invasão detectada foi a de formigas, pelo que a normalidade (ah!ah!ah!) aparentemente foi restabelecida.
Depois de – mais uma vez – me ter dado ao ridículo em praça pública, normal por normal, agora vou continuar a lavar tectos ou, pelo sim, pelo não, arranjar uma arma para a liga.
E tomar umas pastilhinhas, creio.
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