Desde que está comigo, há 2 anos e meio, a minha cadela está (mal...) habituada a ficar 24h/24h acompanhada. E as minhas ausências, obviamente necessárias, nunca são muito prolongadas.
Ora... recentemente, tendo a fada a necessidade de trabalhar (pontualmente) fora de casa, de repente a coisa complicou-se.
Na passada semana, numa maratona de stress, o meu dia de trabalho esticou-se, passou para a noite, estendeu-se pela madrugada e depois, ainda durante todo o dia seguinte...
Tudo somado: 36 horas fora do lar!!! No regresso, e ao meter a chave à porta, arrepios de peso na consciência percorreram-me a espinha, ao imaginar a bicha a tremer a um canto, com expressão tresloucada de Gollum e quase morta de fome e sede.
Mas não, parecia tranquila com os bigodes impávidos e serenos, apesar de eu ter estranhado alguma falta da euforia habitual.
Pouco depois percebi que, à sua maneira, a Milú tinha resolvido – com extraordinária eficácia – a questão do abandono. Perfeitamente exausta, frustrada e desesperada encontrei, não um, mas DOIS pares dos meus mais amados sapatinhos c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e destruidos! %-O
Ainda não me refiz do choque e do desgosto, mas e então... reprimindo o impulso de a esfolar viva, nada mais pude fazer do que coçar-lhe a barriga e apaparicar o lombo, antes de me enfiar na cama e dormir. Para esquecer... :'(((
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