sexta-feira, fevereiro 19, 2010

sem benefício da dúvida



Em 2006 o meu passaporte levou sumiço.
Deve estar a esta hora a ser usado por alguma loira postiça que lhe mudou a foto e o nome para farpa*do*lar, ou whatever...

Na altura tive que requisitar um novo documento, no meio de correrias para zarpar para aqui, daqueles de urgência e que custam uma fortuna.

Agora... com o dito ainda quase novinho em folha pela falta de uso e com uma cintilante e saudável validade até 2016, vi-me obrigada a destruí-lo e emitir um novo, daqueles com leitura digital.
Desses que custam uma fortuna ainda maior, que só duram 5 anos (ironia das ironias: vai caducar antes do antigo) e que nos obrigam a registar uma foto manhosa a preto & branco, e obrigatoriamente COM OS CABELOS PUXADOS PARA TRÁS DAS ORELHAS!!! Quando vi a imagem quase desmaei...
Mas o mais surreal foi a senhora que me atendeu no Governo Civil. De uma simpatia e jovialidade excessiva, palrou no meio de risadinhas durante meia hora como se estivessemos a tomar chá, foi contando pelos dedos das mãos os países que já visitou, descreveu-me o seu doce lar, enganou-se na data da entrega dos documentos e para rematar disse que eu nem sequer necessitava de fazer um passaporte novo! Absolutamente, garantiu do alto da sua autoridade. Ninguém me poderá recusar entrada num país com o antigo, repetiu e sublinhou, mas enfim, "a menina é que sabe, gaste o seu dinheiro como quiser...".
Com um ponto de interrogação na cara, a fada balbuciou as despedidas e pensou que a senhora talvez não batesse bem da bola e muito menos emitisse pareceres nos quais pudessemos confiar.
Afinal também tinha-me garantido, e com "toda a sinceridade", que eu ficava MUITO melhor com o novo penteado... %-\

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4 Comments:

Blogger Rachelet said...

De facto, o meu passaporte é digital (tem aquele selo e código), mas pertence a essa safra rara com validade de 7 anos (5 já lá vão) e com foto a cores tirada nas máquinas - e nunca ninguém me disse nada. E olha que tenho andado por algumas fronteiras bem esquisitinhas com essas coisas.

fevereiro 19, 2010 4:09 da tarde  
Blogger fada*do*lar said...

Pois eu sei, até já passei fronteiras de países muito complicados, sem documentos. Mas com escolta diplomática, verdade seja dita...
Mas para onde vou, leia-se de onde a "liberdade e democracia" é ditada para o resto do mundo, são os maiores bastards com estes affairs, as exigências não deixam margens para dúvidas e não me arrisco a ser deportada logo à chegada...

Azar, azar, foi em 2006 as versões digitais começarem a ser emitidas menos de UM MÊS DEPOIS de eu ter feito o meu querido e agora destruído passaporte. Oh well... :(

fevereiro 19, 2010 5:33 da tarde  
Blogger Pablo said...

Ai que tirei o meu, ano passado, cheio de fotografia digital, policia federal, selo ali, aqui e acolá, assinatura digital... e nem inaugurei ainda.

A fotinho ficou medonha (mas qual não fica?)! Eu enterrado em uma cadeira com apoios laterais, acento bem macio, daqueles que vamos lá para baixo... Quando recebo o dito documento: "cadê meu pescoço?!?!?!?!" haha!

fevereiro 20, 2010 1:01 da manhã  
Blogger Silvares said...

Pois, esses digitais têm a vantagem de poder ser usados pelo próprio nas maquinetas do aeroporto (pelo menos no da Portela) sem necessitar de ir para fila e mostrar a bela foto a uma personagem enfiada naqueles cubículos envidraçados. De resto...

fevereiro 20, 2010 2:13 da tarde  

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