sem benefício da dúvida
Em 2006 o meu passaporte levou sumiço.
Deve estar a esta hora a ser usado por alguma loira postiça que lhe mudou a foto e o nome para farpa*do*lar, ou whatever...
Na altura tive que requisitar um novo documento, no meio de correrias para zarpar para aqui, daqueles de urgência e que custam uma fortuna.
Agora... com o dito ainda quase novinho em folha pela falta de uso e com uma cintilante e saudável validade até 2016, vi-me obrigada a destruí-lo e emitir um novo, daqueles com leitura digital. Desses que custam uma fortuna ainda maior, que só duram 5 anos (ironia das ironias: vai caducar antes do antigo) e que nos obrigam a registar uma foto manhosa a preto & branco, e obrigatoriamente COM OS CABELOS PUXADOS PARA TRÁS DAS ORELHAS!!! Quando vi a imagem quase desmaei...
Mas o mais surreal foi a senhora que me atendeu no Governo Civil. De uma simpatia e jovialidade excessiva, palrou no meio de risadinhas durante meia hora como se estivessemos a tomar chá, foi contando pelos dedos das mãos os países que já visitou, descreveu-me o seu doce lar, enganou-se na data da entrega dos documentos e para rematar disse que eu nem sequer necessitava de fazer um passaporte novo! Absolutamente, garantiu do alto da sua autoridade. Ninguém me poderá recusar entrada num país com o antigo, repetiu e sublinhou, mas enfim, "a menina é que sabe, gaste o seu dinheiro como quiser...".
Com um ponto de interrogação na cara, a fada balbuciou as despedidas e pensou que a senhora talvez não batesse bem da bola e muito menos emitisse pareceres nos quais pudessemos confiar.
Afinal também tinha-me garantido, e com "toda a sinceridade", que eu ficava MUITO melhor com o novo penteado... %-\
Etiquetas: fairy diary
4 Comments:
De facto, o meu passaporte é digital (tem aquele selo e código), mas pertence a essa safra rara com validade de 7 anos (5 já lá vão) e com foto a cores tirada nas máquinas - e nunca ninguém me disse nada. E olha que tenho andado por algumas fronteiras bem esquisitinhas com essas coisas.
Pois eu sei, até já passei fronteiras de países muito complicados, sem documentos. Mas com escolta diplomática, verdade seja dita...
Mas para onde vou, leia-se de onde a "liberdade e democracia" é ditada para o resto do mundo, são os maiores bastards com estes affairs, as exigências não deixam margens para dúvidas e não me arrisco a ser deportada logo à chegada...
Azar, azar, foi em 2006 as versões digitais começarem a ser emitidas menos de UM MÊS DEPOIS de eu ter feito o meu querido e agora destruído passaporte. Oh well... :(
Ai que tirei o meu, ano passado, cheio de fotografia digital, policia federal, selo ali, aqui e acolá, assinatura digital... e nem inaugurei ainda.
A fotinho ficou medonha (mas qual não fica?)! Eu enterrado em uma cadeira com apoios laterais, acento bem macio, daqueles que vamos lá para baixo... Quando recebo o dito documento: "cadê meu pescoço?!?!?!?!" haha!
Pois, esses digitais têm a vantagem de poder ser usados pelo próprio nas maquinetas do aeroporto (pelo menos no da Portela) sem necessitar de ir para fila e mostrar a bela foto a uma personagem enfiada naqueles cubículos envidraçados. De resto...
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