quinta-feira, julho 18, 2013

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A cabeça tem teias de aranha, o coração tem teias de aranha, a casa tem teias de aranha, este blog está repleto de teias de aranha.
E se tenho as teias, também tenho as aranhas, incluindo uma de estimação. Chamo-lhe Agrippina porque sempre achei que as aranhas têm cara de personagens épicas.
A Milú que não me oiça, mas afeiçoei-me ao aranheco que durante meses viveu pendurado na torneira da cozinha.
Há uns dias contava esta história a uma amiga, explicando-lhe muito triste que a criatura tinha desaparecido, muito provavelmente devido às condições agrestes do habitat: espaço diminuto, muita humidade e um permanente risco de morte por afogamento.
Mas entretanto voltei a descobrir a Agrippina! Mudou de residência e, entusiasmada, relatei que a aranhiça (muito mais crescidinha e pernalta) mudou-se para a janela da cozinha onde usufrui de amplo espaço, excelente exposição solar e imenso cachê.
Amiga e eu, rematámos a história feliz exclamando em uníssono: mudou-se para um T3 com vista!
Continuarei a deixá-la viver ali, sem exigências de senhoria e segura de uma vizinhança pacífica, e... alguma irónica frustração, considerando que a minha aranha – em última análise – vive melhor do que eu.

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