curto-circuito mental
Momento surreal do dia, ou como sentir-me estúpida durante meia-hora:
Na casa-de-banho tenho um candeeiro com 3 lâmpadas.
A primeira está, digamos, out of order há uns anitos... é mesmo assim, perfeitamente assumido, tem decoração a disfarçar e tudo.
Na casa-de-banho tenho um candeeiro com 3 lâmpadas.
A primeira está, digamos, out of order há uns anitos... é mesmo assim, perfeitamente assumido, tem decoração a disfarçar e tudo.
A segunda, fundiu-se na semana passada.
Fiquei com a terceira, por si só lumínica o suficiente para continuar a pôr bâton ao espelho, e também suavemente lisonjeira para alimentar a ilusão de que metade das rugas desapareceram.
Mas esta manhã, puff, também se finou e as trevas engoliram-me na banheira.
Indo à caixa das lâmpadinhas de reserva (novas, entenda-se) retirei uma e iniciei a substituição. Ora enrosca para a direita, ora enrosca para a esquerda (por via das dúvidas...) e nada. Simplesmente não e-n-r-o-s-c-a-v-a. E tentei, tentei muito...
Eeeeeer, momento de pausa, e virei-me para o outro casquilho. O fenómeno repetiu-se. E ali fiquei desesperada, literalmente às voltas, a tentar atarrachar uma simplória lâmpada.
Com medo que um súbito ataque de senilidade me tivesse fulminado (muito a propósito), dores nos bracinhos há muito esticados e ainda a correr o risco de enfiar os dedos nos buracos que fazem tzzzzzzz (estava na penumbra, não se esqueçam), desisti e examinei a lâmpada à luz do dia.
E realmente, de imediato fez-se luz. A rosca (a lâmpada era nova relembro mas, suspeito, made-in-china) estava moída.
Aliviada (afinal a minha destreza motriz parecia ainda intacta), fui buscar outra lâmpada (também nova, saliento) e regressei aos casquilhos. Enroscou à primeira! Aleluia! Tarefa completada com sucesso, não fosse o facto de ao clicar no interruptor, a escuridão se manter.
Agora são os olhos... estou ceguinha, pensei. Num último esforço a esbracejar, lá arranquei o raio da lâmpada (comprada seguramente na mesma loja da anterior) e inspeccionei-a de novo ao sol.
Adivinhem...
Fundida.
...
Bom, sem mais delongas no relato destas vicissitudes humilhantes e avassaladoras da auto-estima de qualquer fada, sumariamente informo que, neste momento o caixote do lixo está cheio de vidros, roscas e filamentos, mas que a casa-de-banho se encontra devidamente iluminada.
Ah! e sem recurso a velas.
Caso se estejam a interrogar, sei lá.
Fiquei com a terceira, por si só lumínica o suficiente para continuar a pôr bâton ao espelho, e também suavemente lisonjeira para alimentar a ilusão de que metade das rugas desapareceram.
Mas esta manhã, puff, também se finou e as trevas engoliram-me na banheira.
Indo à caixa das lâmpadinhas de reserva (novas, entenda-se) retirei uma e iniciei a substituição. Ora enrosca para a direita, ora enrosca para a esquerda (por via das dúvidas...) e nada. Simplesmente não e-n-r-o-s-c-a-v-a. E tentei, tentei muito...
Eeeeeer, momento de pausa, e virei-me para o outro casquilho. O fenómeno repetiu-se. E ali fiquei desesperada, literalmente às voltas, a tentar atarrachar uma simplória lâmpada.
Com medo que um súbito ataque de senilidade me tivesse fulminado (muito a propósito), dores nos bracinhos há muito esticados e ainda a correr o risco de enfiar os dedos nos buracos que fazem tzzzzzzz (estava na penumbra, não se esqueçam), desisti e examinei a lâmpada à luz do dia.
E realmente, de imediato fez-se luz. A rosca (a lâmpada era nova relembro mas, suspeito, made-in-china) estava moída.
Aliviada (afinal a minha destreza motriz parecia ainda intacta), fui buscar outra lâmpada (também nova, saliento) e regressei aos casquilhos. Enroscou à primeira! Aleluia! Tarefa completada com sucesso, não fosse o facto de ao clicar no interruptor, a escuridão se manter.
Agora são os olhos... estou ceguinha, pensei. Num último esforço a esbracejar, lá arranquei o raio da lâmpada (comprada seguramente na mesma loja da anterior) e inspeccionei-a de novo ao sol.
Adivinhem...
Fundida.
...
Bom, sem mais delongas no relato destas vicissitudes humilhantes e avassaladoras da auto-estima de qualquer fada, sumariamente informo que, neste momento o caixote do lixo está cheio de vidros, roscas e filamentos, mas que a casa-de-banho se encontra devidamente iluminada.
Ah! e sem recurso a velas.
Caso se estejam a interrogar, sei lá.
Etiquetas: fairy diary
4 Comments:
* luminescência *
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luminescência
*l*u*m*i*n*e*s*c*ê*n*c*i*a*
magnífica palavra, Laca!
é exactamente disso de que a fada precisa :)
eheheeh, já tinha saudades das historietas do dia-a-dia de uma fada!
beijinhos
alice
Alice!
Também já estava com saudades da minha dose diária de no sense assumido!
Bom, bom era também regressares às lides... ;D
bisous* bisous*
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