terça-feira, março 25, 2014

cão escaldado tem medo de água fria?

Ao agitar um tabuleiro com batatinhas noisette a assar no forno (claramente com demasiado ímpeto), meia dúzia saltaram e cairam no chão.
Sempre acompanhada, tal sombra, pela filha pródiga que me segue todos e quaisquer movimentos, passados uns instantes ouvi um ténue ganido e patas em fuga da cozinha.
Então Milú Maria, não és tu que gostas de coisas escaldantes?

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domingo, março 23, 2014

falling apart

Há quase um ano, o vão de uma das 4 janelas da minha sala desabou devido a graves infiltrações na empena, coisa entretanto resolvida com obras que houve no prédio. No entanto, no interior as mazelas permaneceram e este fim-de-semana foi a vez de uma segunda janela se desfazer. A acompanhar a queda de barrotes, tijolos e caliça, 2 enormes blocos de cimento capazes de esfanicar esqueletos estatelaram-se com grande estrondo e densa nuvem de pó. 
Não houve vítimas, apesar da Milú ter-se ido esconder imediatamente debaixo da cama..., mas os danos materiais (e afectivos!) foram elevados:
***oh my heart aches! my heart aches!***
Jarro/vaso enorme (que eu adorava! buá!) – em fanicos.
Antúrio gigante que estava no vaso – múltiplas hastes e folhas quebradas, ficou todo torto, coitadinho.
Bomboneira de cristal – oferta de uma amiga de infância, há décadas – em fanicos.
Candeeiro vintage de cerâmica – decepado no top (buá!!!!).
Abat jour – feito em tiras.
Pequena estante de madeira – rachada ao meio.
Caixas cheias de livros – nem abri...
Estado geral da zona envolvente – a desgraça total.
***oh my heart aches! my heart aches!*** 
Fico com a sensação de que habito um castelo de cartas pronto a desmoronar-se, se bem que a Rainha de Copas também, e que eu saiba nunca nada disto lhe aconteceu. 
Mesmo sem riscos de mais algum pedaço de tecto cair (digo eu...), talvez seja desta que me convença a deixar de protelar as obras pesadas de que esta casa tanto precisa.
Nunca mais aprendo a lição. Off with my head! Oh, mas mesmo sem cabeça dói-me o coração, ai!

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quinta-feira, março 20, 2014

com hora marcada

Este ano não me esqueci! Este ano não me esqueci!
Até com post pré-datado, para chegar à hora exacta.
Bem-vinda Primavera! :)

(mas agora chega sempre com um dia de antecedência? hum?)

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domingo, março 16, 2014

um santo domingo para vocês também

Bons samaritanos do meu país, quando sentirem o ímpeto irresístivel de praticarem uma piedosa acção dominical, por favor, reconsiderem e ponderem as consequências dos vossos actos.
Vai uma pessoa e sua companhia canina, ambas felizes da vida, em passeio lânguido até ao supermercado. O clima está ameno, o céu azul, os passarinhos cantam e a perspectiva de voltar a ter o frigorífico (e a barriga) cheio, deixa-nos de bom humor.
Quase a chegar pensei em modo telepático via Milú: "estás cheia de sorte, agora enquanto esperas vais ficar aqui um bocadinho ao sol, coisa que adoras e de que precisas". E assim foi, atarrachei a bicha à entrada, num canto inundado com o solinho morno das 4h da tarde de um dia (ainda inverno) de Março. E lá fui à minha vidinha.
Passados uns 10 minutos comecei a estranhar o silêncio, dado que a rapariga é muito dada a cumprimentar toda a gente que entra ou sai. Vai daí, tal mãe galinha, larguei o cesto e fui à porta.
Nesse instante o coração parou, o sangue gelou e abriu-se uma cratera debaixo dos pés. Onde minutos antes estava uma Milú deliciada a absorver o calor, estava agora O vazio. Não sei quanto tempo passou, o mundo parou de girar, petrifiquei e o cérebro deixou de processar. Vazio, só vi o lugar vazio.
Ainda em estado catatónico lá consegui girar os olhos para a área em volta e vi um tufinho de pêlo, focinho no chão, amarrado a um poste uns 20 metros adiante e do outro lado da rua.
Que perdesse a compras e que os congelados derretessem, corri para a minha bolinha para ver se era real. Era! :)
Quanto aos anos de vida que perdi nestes micro segundos, posso passar a factura à alma caridosa que considerou que algum dono irresponsável e cruel (eu!!) tinha deixado o seu cão a arfar e a sofrer à chapa do sol. 
Mesmo a suspirar de tremendo alívio, como bónus ainda parti uma unha a desfazer os infinitos nós que conseguiram dar no fio da trela, tão ciosos estavam que a Milú não fugisse.
Ainda bem que há quem se preocupe com os animais, mas convém ter bom senso e pregar sustos capazes de provocar ataques cardíacos não faz parte da equação de "fazer o bem". Soubessem eles que em pleno Agosto obrigo (a muito custo, acreditem) a cadela a sair debaixo do sol do meio-dia, porque o que ela mais gosta é de fritar a moleirinha ao ponto do inconcebível. Na praia tem de ficar presa a 50 cm do guarda-sol, caso contrário vai para o meio do areal, no sítio mais escaldante, onde ninguém consegue sequer pôr os pés. No inverno dorme colada (entenda-se, literalmente encostada) ao radiador a óleo e enfia o nariz e os bigodes da grelha do radiador a gás. Já ouvi muitas vezes o fzzzzt de pêlo a ser chamuscado... Quando tem acesso a uma lareira, o caso é mais grave, com risco de se transformar numa galinha assada. O que querem, a miúda gosta de ambientes tórridos.
Oh well, regressadas a casa ainda com palpitações, o apetite desapareceu e isto só lá foi com um cházinho para acalmar os nervos e o estômago. 
Para a próxima dediquem-se a salvar gatinhos, pode ser?

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domingo, março 09, 2014

the not so fluffy life

 Decorrido um mês, encontro-me no mesmo estado de urdideira, completamente enrolada em novelos e em sério risco de criar borboto nos neurónios.
As malhas continuam a ser tecidas e em breve começarão a ver a luz do dia. 
Espero que eu também.

E claro, não sou a única a ressentir-me das trabalheiras. A Milú que confirme.

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