quarta-feira, novembro 28, 2012

sobe, sobe, balão sobe

Há uns dias, estava a fada novamente numa varanda no Chiado, quando alguém na esquina da rua soltou um balão de hélio.
Não era um balão qualquer e não parecia ter fugido vilmente das mãos de uma criança distraída. Tinha a forma de um "balão de pensamento" cartoon style. Era formado por um balão grande, "fofinho" e recortado às ondinhas, e outros três mais pequenos amarrados ao longo do cordel.
Só consegui ler a missiva escrita no maior, qualquer coisa como "leva-te contigo, leva-me a passear". Se conseguisse, tinha aceite o convite, enquanto mentalmente fazia uma associação imediata à  canção da Manuela Bravo.
Lá foi ele, sozinho, a trepar pelos ares, iluminado pela luz do sol. Perdi-lhe o rasto quando desapareceu por detrás de uns telhados, mas alguns minutos mais tarde voltei a vê-lo, já lá longe, só um pontinho branco no céu, a grande altitude.
E voou, voou, sempre a subir, determinado em ir entregar a sua mensagem a algum passageiro de um Boeing 737. Bon voyage e que alguém tenha aceite o desafio.

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terça-feira, novembro 27, 2012

(also) dumb ways to live

 
[roubado no facebook ao MSS]

Tão bom!

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sábado, novembro 24, 2012

blind, deaf, mute


Já sabia por intuição, mas não queria saber. I'm not a wise girl, never been.
Não vejas, não oiças, e muito menos, não fales.
Come bananas fada, come bananas.

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segunda-feira, novembro 19, 2012

arrancar olhinhos

Relaxante...

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quinta-feira, novembro 15, 2012

o convite da loucura

A fada decidiu dedicar-se com maior empenho à arrumação da casa, incluindo livrar-se de tralhas inúteis. Tarefa hercúlea e quase impossível, direi, pelo que iniciei o processo simplesmente a limpar emails. Afinal tinha (tenho) qualquer coisa como 11.600 mensagens acumuladas na inbox. E encontrei esta, da qual faço copy-paste em baixo, datada de 2004... E ainda estou na dúvida se faça delete, ou não.

A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram. Após o café, a Loucura propôs: Vamos brincar às escondidas?

Escondidas? O que é isso? – perguntou a Curiosidade.
Escondidas é um jogo. Eu conto até 100 e vocês escondem-se. Quando terminar de contar, eu vou à vossa procura, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça. 1, 2, 3... e a Loucura começou a contar. A Pressa foi a primeira a esconder-se num lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e escondeu-se perto dele debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam-se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove. CEM! – gritou a Loucura – Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou: – Onde está o Amor? Ninguém o tinha visto. A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou num pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. Era o Amor, gritando por ter o olho furado com um espinho.
A Loucura não sabia o que fazer. Pediu mil desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Loucura acompanha-o sempre. FIM

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quarta-feira, novembro 14, 2012

the pink is always there


E lá deixei eu outra vez o blog ao abandono.
O trocadilho é de meia tijela, mas isto tudo porque andei a dar no cavalo.
No do D. José, claro.

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quinta-feira, novembro 08, 2012

babies, come to mummy

Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!
Não estou em mim! Dia histórico! Julguei que nunca mais chegaria!
Hoje comprei um par de sapatos! Comprei um par de sapatos! Comprei um par de sapatos! :D
Sim, em anos idos, isso seria notícia aqui no estaminé, dia sim, dia não, mas agora a realidade é bem mais triste (maldita crise...). Para que fique registado (sem qualquer orgulho), o último par de sapatos que comprei foi em Maio... de 2011. Quem me viu, quem me vê.
Enfim, estou radiante porque encontrei, sem sequer estar à procura, um parzinho de singelos sapatinhos pretos de que muito precisava para o dia-a-dia, de salto, confortáveis (dá para correr empoleirada neles) e "com a minha cara". Pelo menos foi o que o menino vendedor disse logo. Mas como a marca é dysfunctional, ainda posso vir a questionar-me sobre o parecer dele.
Não interessa, eu estou convencida e sei que os vou usar até me cairem dos pés.
Trá-lá-lá!!! Estou tão feliz!!! (fada com esgar de extâse e plena futilidade estampado na cara)

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quarta-feira, novembro 07, 2012

shaken, not stirred

Estando empoleirada numa varanda no centro do Chiado observei, insuspeitamente a meio de uma tarde cinzenta, um rapaz a sair do restaurante em frente. Era um dos empregados que vejo habitualmente e trazia nas mãos uma bandeja com um enorme copo de cocktail, repleto quase até ao bordo, com o que aparentava ser um muito tentador dry martini.
Com uma concentração admirável e passinhos de gueicha, desceu a calçada e com uma destreza de malabarista conseguiu entrar num prédio, uns metros adiante, sem entornar uma única gota.
Imaginei que alguma menina very fashionable tinha encomendado a bebida enquanto se submetia a uma sessão de pampering num também very fashionable cabeleireiro – exactamente a porta por onde o barman entrou.
O que me deixou espantada foi a rapidez com que voltou a sair, com mesma bandeja e o mesmo copo – mas vazio. Conclui que, das duas uma, ou a rapariga se viu descabelada ao espelho e bebeu o martini de um trago, em desespero. Ou, aquele copo era apenas um refill de muitos outros e que, estando a ser penteada ou não, iria sair descabelada à mesma...
E assim se passa o tempo de fumar um cigarro. 

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segunda-feira, novembro 05, 2012

breathless moments

Ai-ai-ai, ui-ui-ui, lá vai a fada atirar-se novamente de cabeça. 
Também de braços, pernas, optimismo naïve e olhar posto no céu. 
E um friozinho no estômago, tentando ignorar a falta de rede.
Oh well, há-de correr tudo bem, ok? Glup.

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